Nelsoir Battisti (PSD) desembarca na Câmara de Vereadores na sessão de segunda-feira, 6. Ele não esconde que chega ao Legislativo para ‘comprar as brigas’ que forem necessárias em defesa do governo e do prefeito Jarbas da Rosa (PDT). As trocas de farpas devem acontecer, principalmente, com os vereadores Ezequiel Stahl (PTB), André Kaufmann (PTB) e Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB). Os três, frequentemente, atacam o trabalho de Battisti à frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, que agora será comandada por Marcos Hüttmann (veja matéria completa nesta página).

Outro que é atacado de forma contumaz pela oposição é o agora ex-secretário de Desenvolvimento Rural, Gilberto dos Santos (MDB), que também está de malas prontas para a Câmara. André Kaufmann é o que mais alfineta Santos, fazendo comparações com o trabalho realizado atualmente na pasta e o que era feito quando o titular era ele. Resta saber se Santos vai se manter calmo, como de costume, ou se vai para o ‘choque’. Como justificativa para a saída da pasta, ele disse que não estava mais conseguindo conciliar os compromissos particulares e a função de secretário. A intenção é ficar de boa na Câmara, mas isso é possível por lá?

Qual é o limite da ação política?

Qual é o limite da ação política no sentido de desprestigiar adversário ou desafeto? Muitas pessoas se fizeram esta pergunta na Câmara, durante a sessão de segunda-feira, 30, quando o vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), ‘botou na conta’ do prefeito Jarbas da Rosa (PDT) uma morte trágica ocorrida na sexta-feira, 27, na estrada que liga o Grão-Pará e a Vila Santa Emília. Muchila sugeriu que a família da vítima viva o seu luto e, depois, processe a Prefeitura, pois segundo ele, o Executivo teria responsabilidade na manutenção da via. Mesmo os parlamentares de oposição contestaram o pronunciamento. Soube de alguns que até já o aconselharam a ir com calma, baixar o tom, mas dia após dia, parece que ele caminha na direção contrária. Não sou de apontar o dedo, nem advogo para ninguém, mas esta foi exagerada. Passou do ponto.

Rapidinhas

• Tem gente querendo apostar que uma pessoa que recentemente se filiou ao PDT e assumiu cargo em comissão (CC) vai concorrer a vereador pelo Podemos em 2024. Será mesmo? Vamos aguardar pela confirmação.

• Ex-presidente do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e ainda integrante da diretoria da casa de saúde, Juliano Angnes envia mensagem à coluna repercutindo tópico publicado sobre elogio feito por uma família pelo atendimento do plantão pediátrico. “Foi um trabalho de várias mãos que tornou possível o oferecimento do serviço”, afirmou ele. Angnes também revelou sua preferência pelo jornal impresso.

• Mara Müller (PSD) se despediu da Câmara de Vereadores, na sessão de segunda-feira, 30, agradecendo pela experiência que pôde viver e lamentando ter sido “humilhada e exposta”, em clara referência aos ataques que sofreu de Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), em sessões anteriores. Prometeu muito esforço para voltar ao Legislativo como vereadora eleita e terminou dizendo que vai “voltar a entregar fichinha no posto de saúde”, mais uma vez se referindo a deboche de Muchila.

• Moradores do Loteamento Müller estiveram na Câmara de Vereadores, na noite de segunda-feira, 30, para reivindicar melhorias nas ruas da localidade. O vereador Renato Gollmann (PTB), que destinou uma emenda impositiva para a execução de obras na localidade, recebeu os moradores e se comprometeu em cobrar a realização dos trabalhos.