Conforme publiquei neste espaço, na semana passada, Benildo Soares (Republicanos) não desistiu de ver aprovada a proposta que institui feriado no dia 11 de maio – aniversário de Venâncio Aires -, em vez de 25 de julho, Dia do Colono e Motorista. Ele reapresentou o projeto e espera, desta vez, ter sucesso. Em outras duas oportunidades, a matéria saiu da pauta por decisão do autor, já que a sinalização da maioria dos vereadores era no sentido contrário à proposição.
Soube que, em um grupo de WhatsApp, no qual estão parlamentares e outros poucos servidores, foi lançado um desafio por Soares: sugeriu que os vereadores fizessem, em suas redes sociais particulares, uma espécie de enquete para saberem como a comunidade se posiciona em relação à proposta. Em caso de maioria contra o projeto, ele mesmo faria a retirada e, inclusive, se comprometeria a não voltar a tocar no assunto. Alguns dos vereadores – que já se manifestaram favoráveis à matéria – fizeram tal consulta e, em todos os casos, a maioria esmagadora dos participantes manifestou o apoio à alteração da data do feriado.
Além disso, corre à boca pequena, nos bastidores da política, que Soares pretende usar o projeto do 11 de maio como ‘moeda de troca’ com o prefeito Jarbas da Rosa (PDT). Comenta-se que, caso Jarbas não se movimente para que a base governista sustente votos necessários para a aprovação da matéria, o vereador mobilizaria o Republicanos para não fazer campanha pela reeleição do chefe do Executivo e sua vice, Izaura Landim (MDB). Mas, o que faria o partido de Soares?
Segundo a tese, debandaria para apoiar a chapa de direita, que tem como pré-candidatos Alexandre Wickert (PL, a prefeito) e Maciel Marasca (PP, a vice). Também há quem diga que existe a possibilidade de Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) aparecer na chapa majoritária de direita, em caso de uma aproximação das siglas. Por fim, há ainda quem acredite em um ‘fato novo’ – que seria o nome de André Puthin (ex-MDB e agora filiado ao Republicanos) surgindo em uma chapa à Prefeitura. Aí, dizem, poderia ser tanto com os partidos de direita quanto como vice de Giovane. Será? Teria o projeto do feriado no dia 11 de maio força suficiente para mexer totalmente no cenário eleitoral?
Rapidinhas
• Por falar em Benildo Soares (Republicanos), ele voltará à Câmara de Vereadores na segunda-feira, 22, após se ausentar de duas sessões, em razão de ter sido acometido pela dengue. Neste período, embora doente, o parlamentar não escapou da ‘corneta’. “Não compareceu a duas sessões, mas foi no evento do Museu, no sábado passado”, comentou uma pessoa que acompanha a política local. Entre as reuniões que faltou, justificadamente, Soares foi ao evento que abriu a programação do Bicentenário da Imigração Alemã, no sábado passado, dia 13, no Museu.
• Vereador Clécio Espíndola, o Galo (MDB), pede que a Prefeitura ‘socorra’ a comunidade de Vila Mariante, no interior do município. Segundo ele, o distrito virou uma “cidade fantasma”, em razão do estado que ficou depois das cheias devastadoras do rio Taquari. “Sei que tem um monte de coisas pra fazer e que devem ser destinados recursos para obras em Mariante, mas enquanto isso não acontece, pelo menos um tapa-buracos a gente precisava na ERS-130, a principal via. Peço que o prefeito dê uma olhadinha”, disse, acrescentando que tem conhecimento de que o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) é quem tem a responsabilidade de manter a rodovia em boas condições.
• Apesar de ser um dos integrantes da base governista, Nelsoir Battisti (PSD) afirmou que não vai “tapar o sol com a peneira” e se uniu ao movimento dos moradores do Corredor dos Gauer por uma solução em relação aos frequentes acidentes de trânsito. Recentemente, um condutor, que estaria embriagado, perdeu o controle do veículo que dirigia e só foi parar na cerca de uma casa. Representantes da comunidade estiveram na sessão da Câmara de segunda-feira, 15. “Temos que tomar uma atitude imediata. Tem que botar o dedo na ferida, embora seja vereador de situação. Dá pra fazer e precisamos trabalhar neste sentido, antes que aconteça algo ainda mais grave”, defendeu. Os moradores falam em guard rails, tachões ou redutores de velocidade, o que for mais fácil de implementar. Mas querem uma providência logo.
• Nove dos 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) estavam ocupados durante a semana. Ou seja, há demanda para o setor e que a superlotação atinge todo o hospital.