Opresidente da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, Gerson Ruppenthal (PDT), não gostou de ser cobrado pelo colega Benildo Soares (Republicanos), na sessão de segunda-feira, 5, e rebateu na tribuna. Soares afirmou que o comandante da Mesa Diretora deveria ter tido pulso para conter as manifestações das pessoas que foram ao Legislativo, no dia da votação do projeto que previa feriado em 11 de maio, para demonstrar contrariedade à proposta. No plenário, estavam muitos empresários, cujas presenças foram decisivas para que o proponente retirasse o projeto, quando viu a derrota iminente. “O senhor vem falar em pulso? Pulso deveria ter tido o senhor, militar que é, para botar o projeto em votação”, disparou o presidente, que também afirmou que jamais ventilou a possibilidade de a Câmara bancar uma pesquisa sobre o 11 de maio, como Soares deu a entender.
Licitação para coquetel repercute
Vereadores de oposição estão batendo forte na licitação aberta pela Prefeitura para compra de itens para coquetéis, como salgados, água e refrigerante. Ezequiel Stahl (PTB) disse que “não tem o mínimo fundamento gastar R$ 250 mil em pizza e refri”. Diego Wolschick foi mais irônico: “Caso alguém queira comer uma pizza e um salgado ou tomar um guaraná é só passar na Prefeitura”. Também com ironia veio a resposta de César Garcia (PDT): “Acho até que é pouco. Vai faltar, pelo tanto de obras que vamos inaugurar. Os que estão reclamando são os primeiros a estarem lá para degustar”. Gerson Ruppenthal (PDT) disse que os oposicionistas “se apegam em detalhes e coisas pequenas, porque em qualquer evento que a gente vai tem um coquetel para os participantes”.
Stahl fala sobre redução de CCs
Ezequiel Stahl (PTB) continua sustentando que o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) não cumpriu promessa de campanha relacionada ao corte de cargos em comissão (CCs) no Executivo. De acordo com ele, houve redução apenas na legislação e no número de possibilidades de nomeação, “mas a folha de pagamento continua inchada e eu quero ver cortarem 30%”. Ele também criticou a Administração pelo projeto que prevê pagamento de vale-alimentação para egressos do sistema prisional que prestam serviços ao Município. “É assim que valorizam os servidores. Os contratados não recebem vale-alimentação, mas para os apenados tem”, declarou.
Rapidinhas
Benildo Soares (Republicanos) não gostou de ler na coluna que é um desafeto político do deputado estadual Airton Artus (PDT). Afirmou ter pensamentos divergentes, mas que respeita e não considera o pedetista um desafeto. No entendimento dele, o colunista se excedeu nas palavras publicadas. Ainda comentou que tem boa relação com Artus. Então está dito. Só que, na prática e no discurso, deixa claro não ter afeição pelo ex-prefeito.
A inauguração da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Vô Ismael, do bairro Xangrilá, foi bastante comemorada pelos vereadores, na sessão de segunda-feira, 5. No entanto, houve também algumas alfinetadas, que partiram da oposição. Paulinho Tirelli (PSB) disse que “na colônia, a conversa é de que abriram a escola sem fogão para fazer comida para as crianças”. Renato Gollmann (PTB) afirmou que, como o tempo até a inauguração foi de oito anos, “se tivessem plantado umas árvores, já tinha sombra’.
Já virou rotina. Não passa uma sessão da Câmara de Vereadores em que o presidente da Mesa Diretora, Gerson Ruppenthal (PDT) – seja por iniciativa própria ou a pedido de algum parlamentar -, faça cobranças aos colegas para que mantenham silêncio durante os pronunciamentos na tribuna. “Chato” e “feio” é o que se ouve em relação aos burburinhos aleatórios no plenário.
André Puthin (MDB) colocou em dúvida a disputa por uma cadeira no Poder Legislativo em 2024. Atual primeiro suplente do partido, ele está na vaga de Gilberto dos Santos (MDB), que desde o início da atual Administração é secretário de Desenvolvimento Rural. “Vou definir com a família”, comentou.
Em rápida passagem pela Câmara, Alberto Sausen (PTB) aproveitou para agradecer a implementação do GPS Rural, projeto de sua autoria que está saindo do papel.