No fim de semana, fui a Cachoeira do Sul para ver a minha mãe, Ana, e alguns poucos familiares mais próximos. Não era o mais correto, mas estava com saudade e também queria agradecer por toda a força recebida nos piores momentos da minha internação por conta da Covid-19. Quando retornamos para a Capital Nacional do Chimarrão, na noite de domingo, 9, ao avistar o pórtico de entrada da cidade, em frente ao Parque, na ERS-244, perguntei à minha esposa: “A gente já é de Venâncio Aires, né?”, para em seguida receber um ‘sim’ como resposta, que veio com o balançar vertical da cabeça da Cassiane. Dos 130 anos de Venâncio, comemorados hoje, dia 11 de maio de 2021, faço parte de seis. São cinco anos e meio de novembro de 2015 para cá, mais seis meses da primeira passagem na Folha do Mate, isso ainda em 2014.
A Capital do Chimarrão só me fez bem. Não que eu não tenha sido feliz em outros municípios nos quais morei e trabalhei – Gravataí, Cachoeirinha, Viamão, Santa Cruz do Sul e Candelária, além da cidade natal Cachoeira do Sul -, mas aqui vivenciei alguns dos momentos mais importantes da minha trajetória de 41 anos. O ‘auge’ foi em 2016, quando em setembro, no dia 2, nasceu a minha filha, Lívia, que já vai para os 5 anos. Ela veio ao mundo no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e, portanto, é venâncio-airense. Sempre que posso ajudo ela a treinar o gentílico, que não é fácil para uma criança da idade da minha alemoa. Depois do nascimento do meu bem maior, foi aqui que conquistei a casa própria, já em 2017.
Mesmo quando deixei Venâncio Aires após seis meses, em 2014, tinha comigo que voltaria à terrinha. Não sei porque, mas algo me dizia que meu futuro estava aqui. Por sorte, mesmo depois da minha partida para Cachoeira, naquela época, recebi um convite para a formatura da editora da Folha, colega Letícia Wacholz. E foi na festa, no Machry, que engatei uma conversa para retornar. Perguntado se queria, disse na hora que sim. Eu amo de paixão a minha cidade, Cachoeira do Sul, mas hoje me vejo e sinto como venâncio-airense. Aprendi a gostar das coisas daqui, fiz vários dos meus melhores amigos na Capital do Chimarrão e espero poder criar a Lívia nesta terra, próspera, solidária e cheia de oportunidades.
Nestes 130 anos, deixo o meu mais sincero obrigado a Venâncio Aires e seus ‘filhos’, pois aqui fui muito bem acolhido, de cara. Agora que eu gostei, vocês vão ter que me aturar por muito tempo. Parabéns, Venâncio Aires, pois quando dizem que teu povo é solidário e acolhedor, falam a verdade.