Na terça-feira, 18, fui contatado pelo presidente do MDB de Venâncio Aires, Paulo Mathias Ferreira. Conversamos sobre vários assuntos, os quais divido com os leitores hoje. Primeiro, ele questionou a manifestação de Lauro Kist, publicada na edição de terça-feira, na qual defendeu que ninguém deixou da plantar tabaco por conta da adesão do Brasil aos controles impostos pela Convenção-Quadro. Filiado ao PT, Kist declarou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta voltar ao Palácio do Planalto, não é contra a fumicultura e que, uma vez de volta ao comando da nação, vai retomar ou fortalecer projetos como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Luz Para Todos, entre outros.

Ferreira disse não entender como os petistas, “como o meu vizinho Lauro Kist”, insistem em negar o apoio do partido à extinção da cadeia produtiva do tabaco. “Os fumicultores nunca tiveram o apoio do PT. Foi Lula que assinou a Convenção-Quadro. Está provado, por isso não há como negar”, comentou, acrescentando que “da mesma forma, tentam negar que Lula foi condenado por corrupção e seu governo afundou o Brasil”. A respeito deste tema, o presidente emedebista ainda declarou que “quem quer apoiar este corrupto, tudo bem, contudo, não venham se utilizar dos nossos veículos de comunicação para mentir, pois todos sabem a verdade”.

Depois, falamos sobre o MDB. Comentei com Ferreira que tenho ouvido comentários sobre uma suposta crise interna no partido, com integrantes influentes descontentes com algumas situações e ‘ameaças’ de perda de filiados importantes. “Não chegou nenhuma treta pra mim”, garantiu ele, aproveitando para, em seguida, informar que a legenda mantém rodízio na Câmara de Vereadores e que Helena da Rosa – segunda suplente da sigla – terá oportunidade a partir de novembro, na vaga de André Puthin, primeiro suplente e que está há mais tempo na Casa do Povo, em razão de o vereador eleito, Gilberto dos Santos, estar no comando da Secretaria de Desenvolvimento Rural. Ainda sobre o partido, disse que “tem gente nova chegando” e, como exemplo, citou o ex-vereador Ciro Fernandes, atualmente filiado ao PDT e exercendo função de assessor parlamentar da bancada do MDB no Legislativo de Venâncio Aires.

Por fim, me pediu para que publicasse um apelo seu: “Na qualidade de deficiente físico, queria fazer um pedido aos pais, para que vacinem seus filhos contra a poliomielite. Só quem foi vítima desta doença, como eu, sabe da dificuldade que é. Eu consegui superar e venci na vida, mas quantos estão em uma cama ou cadeira de rodas, mutilados e sem perspetiva?”, indagou. Para ele, deveria haver, até mesmo, penalidades para os pais ou responsáveis que negligenciam as vacinas indicadas para as crianças.

Muchila, Quintana e as portarias

O vereador Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), aproveitou seu tempo de tribuna, na segunda-feira, 18, para criticar o fato de o secretário de Saúde, Tiago Quintana (PDT), ter portaria para conduzir veículos oficiais. Muchila alega que o próprio Quintana teria feito denúncia neste sentido, na gestão anterior, com intenção de ‘cassar’ as portarias. “Uma vergonha”, disparou, para em seguida pedir que pare de se valer da portaria.
Quando soube da manifestação, o secretário contatou a coluna e escreveu o que segue: “Desinformado o edil Elígio Wenschefelder (Muchila/Mala). Não fiz denúncia, apenas um pedido de informações para saber quem eram os CCs que possuíam autorização para dirigir. Se revogaram as portarias foi por que quiseram. Realmente o ideal seria ter a quantidade suficiente de motoristas para a função. Se o vereador, que é concursado da Prefeitura, justamente para o cargo de motorista, recebe salário e não trabalha, quiser voltar a trabalhar, pode vir para a Saúde, aí talvez não precise mais dirigir. Enfim, fico feliz em ser lembrado pelos colegas, uma pena que seja uma pauta tão medíocre perto dos desafios que temos a vencer”.

Rapidinhas

• O vereador Diego Wolschick (PTB) protagonizou o ‘momento fofura’ da sessão da Câmara de segunda-feira, 17. Foi assim que, nos bastidores, o pessoal classificou o anúncio do parlamentar, de que iria se retirar mais cedo da reunião semanal, excepcionalmente, porque tinha compromisso marcado com a noiva, Scheila Bergmann. “Estamos completando hoje 18 anos de união e quero estar com ela nesta noite. Então, peço licença a todos”, justificou.

• Segundo apurou a coluna, a oposição prepara uma investida contra o presidente da Câmara de Vereadores, Benildo Soares (Republicanos). Corre a informação de que alguns parlamentares pretendem levantar uma questão relacionada a repasses de sobras do Legislativo, o que, a rigor, só pode ser feito no fim do exercício fiscal, mas Soares estaria se utilizando do mecanismo antes do tempo. Certamente vem polêmica aí pela frente.