Nos últimos dias, voltou à pauta o assunto da vinda da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) para Vila Estância Nova, no interior do município, às margens da RSC-287. O tema foi levantado mais uma vez por conta da visita do secretário estadual de de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild, ao prédio do antigo Instituto Penal de Mariante (IPM), onde o Governo do Estado planeja estruturar um centro de treinamento de agentes da segurança pública. Enquanto visitava o local, acompanhado do ex-prefeito da Capital Nacional do Chimarrão, Giovane Wickert, e da delegada regional penitenciária, Samantha Longo, Hauschild comentou sobre eventual ampliação da penitenciária, o que fez surgir a dúvida sobre a Peva 2.
Quem ouviu o comentário foi o repórter fotográfico da Folha do Mate, Alvaro Pegoraro. Assim que publiquei aqui neste espaço, o secretário, por meio da assessoria da pasta, afirmou que não há nenhum planejamento para ampliação da estrutura penitenciária em Vila Estância Nova e que a intenção do Estado é somente implementar o centro de treinamento. A ‘notícia’ correu, é claro, e em Venâncio Aires os bastidores da política ficaram agitados. Adversários políticos passaram a dizer que o ex-prefeito Airton Artus (PDT) seria o culpado em caso de a Peva 2 virar uma realidade, pois foi em seu governo que a primeira casa carcerária foi instalada por aqui, isso ainda no ano de 2014.
A partir disso, Artus resolveu entrar no debate. Além de destacar que a vinda de um presídio fechado acabou com a “farra do semiaberto”, onde apenados costumavam circular livremente pela região, quando bem entendiam, e até havia relatos de ataques a moradores – inclusive com invasão de festas -, o ex-prefeito ressaltou que Venâncio Aires não foi contemplado com as contrapartidas estabelecidas para a vinda da Peva. A área do Distrito Industrial foi o único compromisso consolidado até agora. O Município doou um terreno para o Estado, para a construção de uma nova Delegacia de Polícia, o que não se concretizou. Entrariam no presídio somente apenados dos vales do Rio Pardo e Taquari, mas todos sabem que há criminosos de várias regiões do Rio Grande do Sul na casa prisional. A questão do esgoto cloacal seria resolvida imediatamente, mas demorou para ser solucionada, além de ainda não agradar completamente os moradores das proximidades da penitenciária.
E, o mais importante, talvez, seria o aumento dos efetivos da Polícia Civil e da Brigada Militar, algo que até eu, que estou há menos de sete anos em Venâncio Aires, sei que os gestores tentam, tentam, tentam de novo e não são atendidos. Portanto, como 2022 é ano eleitoral, não estaria mais do que na hora de renovarmos estes compromissos. O presídio está aí, mas faltam as contrapartidas.
Casos de coronavírus voltam a aumentar
Os números relativos a novos casos de Covid-19 nos últimos dias, em Venâncio Aires, servem de alerta para o fato de que a pandemia ainda não acabou. Depois de um longo período com muitos poucos casos diários registrados, nesta semana foram 10 na segunda, 27, outros 12 na terça, 28, mais 13 na quarta, 29, e ainda 17 ontem, dia 30 de dezembro. No total da semana, sem contar a sexta-feira, 31, foram confirmadas 52 infecções. Um número tão elevado não era registrado desde julho deste ano, entre os dias 19 e 25, quando 70 pacientes foram diagnosticados com a doença em um período de sete dias.
Izaura pode concorrer e brinca: “assédio”
São cada vez mais frequentes os comentários de que a vice-prefeita de Venâncio Aires, Izaura Landim (MDB), vai concorrer a deputada federal em 2022. Lideranças estaduais têm contatado a número 2 da Administração para que coloque seu nome à disposição no próximo ano. E ela não esconde a possibilidade: “O ‘assédio’ realmente é muito grande. Mas aguardo o posicionamento oficial da executiva estadual sobre nome de consenso no vales do Taquari e Rio Pardo”. É, podemos ter novidade em breve em relação a pré-candidaturas. E, se Izaura confirmar que concorre, passará a ser a única pré-candidata da Capital Nacional do Chimarrão a buscar votos para a Câmara Federal.
Conclusão dos trabalhos em 2021 e férias
Com esta coluna, encerro os trabalhos de 2021. Foi um ano de tristeza para muitas pessoas, em especial pelas perdas em decorrência do coronavírus, mas que está terminando um pouco melhor no que diz respeito à possibilidade de socialização. Que 2022 marque definitivamente a retomada da vida normal. Saio para um período de 15 dias de férias, por isso a coluna volta a ser publicada apenas no dia 20 de janeiro. No retorno, já terei completado 42 anos de vida. Será um aniversário especial, pois assim como muita gente, escapei da Covid após 12 dias de internação no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), quatro deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já que Deus me concedeu mais tempo por aqui, bora aproveitar a vida. Um feliz Ano-Novo a todos!