O vereador Benildo Soares (Republicanos) reassumiu sua cadeira na Câmara na terça-feira, 2. Liberado pelo médico depois de ser submetido a um procedimento cirúrgico, tratou de voltar ao Legislativo para evitar que o fiel escudeiro, assessor parlamentar Robson Parabôa, tivesse a exoneração concretizada. O afastamento de Parabôa foi encaminhado pelo suplente Jerri Adriano dos Santos, que substituiu Soares e sequer foi avisado de que não teria mais tempo na Casa do Povo. De acordo com Jerri, o motivo do pedido de exoneração de Parabôa do cargo em comissão (CC) foi o não cumprimento de expediente no Poder Legislativo.
Só que a “demissão”, como prefere falar Soares, não chegou a ser oficializada. Quando a direção da Casa soube o que vereador titular do Republicanos voltaria às atividades, estancou o processo, pois Parabôa estaria exonerado a partir do dia 1º de janeiro de 2024, o que acabou não acontecendo em virtude da movimentação de Soares. Ele afirma que foi traído e que vai avaliar o que aconteceu durante sua ausência, para somente depois deliberar a respeito do assunto. “Se o Robson fez alguma coisa de errado, eu demito ele, mas até agora não sei de nada”, diz o parlamentar.
Soares deixou escapar que sua mágoa, neste episódio, não é apenas com Jerri. “Fizeram coisas dentro do meu gabinete sem eu saber. Vou analisar tudo e tomar uma decisão depois, baseado nas informações e fatos verdadeiros. Quando tenho razão, finco o pé”, observa. Sobre o pedido de informação de André Kaufmann (PTB) – que quer acesso ao ponto de Parabôa durante todo o ano de 2023 -, Soares diz ter certeza de que se trata de “politicagem”, pelo fato de não ter cedido às solicitações da oposição em momentos de votações decisivas e polêmicas na Casa. A matéria completa está sendo publicada na página 7 desta edição.
Kroth avalia concorrer em 2024
Não se surpreendam se o coordenador da Secretaria de Cultura e Esportes, Sandro Kroth, concorrer a vereador em outubro. Filiado ao PDT, ele tem sido sondado por outros partidos, já que a nominata pedetista estaria praticamente completa. Uma das possibilidades é de que Kroth migre para o ninho tucano. Isso mesmo, o PSDB. Com isso, não estaria se rebelando, uma vez que o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) está tentando se aproximar da legenda e pretende, inclusive, colaborar com a reestruturação. Kroth entra em período de 15 dias de férias a partir da próxima semana e, quando retornar, no dia 25, é possível termos novidades.
Muchila: medo não, dificuldades
Na última coluna de 2023, publiquei informação de que o vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), teria dito a pessoas próximas que estaria com medo de não conseguir se reeleger em 2024, pois o partido perdeu Jairo Bencke – de boa votação em 2020 e que foi para o PDT – e a expectativa é garantir só uma cadeira na Câmara, que ficaria entre Muchila e Sandra Wagner. O vereador confirma que fez comentários neste sentido, mas que davam conta “da dificuldade para todos os atuais vereadores pela mudança da legislação e pelas trocas de partidos que muitos terão que fazer”. Ele garante estar confiante na reeleição. “Sei, pelo retorno que tenho, que a comunidade está aprovando meu trabalho”, declara. Sobre o ex-colega de partido, de quem não esconde mágoa pela saída, ele entende que “este jogou fora a única chance que tinha de se eleger vereador, pois no PDT será um eterno suplente”.
Rapidinhas
• O deputado estadual Airton Artus (PDT) esteve reunido com o prefeito Jarbas da Rosa (PDT), a vice-prefeita Izaura Landim (MDB) e a secretária de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza (PDT) na terça-feira, 2, primeiro dia útil de 2024. Conforme ele, a agenda foi marcada para “traçar metas sobre investimentos do Estado em Venâncio Aires, na área de infraestrutura”. Artus também apresentou aos gestores a ideia de climatizar ginásios e pavilhões utilizados para festas no interior e na cidade, “que foi muito bem aceita pelo prefeito e pela vice”.
• O ano de 2024 está em curso e, com ele, como todos sabem, vem a eleição municipal. O pleito será realizado em outubro e vai eleger prefeito, vice e vereadores. A partir de agora, os debates serão mais acirrados, pois quem está na política tem lado e vai puxar brasa para o seu assado. Isso rende um cabo de guerra que só acaba com a abertura das urnas.