O espaço prioriza pautas políticas, mas quem acompanha sabe que também reservo algumas linhas para falar de esporte. E, com a conquista inédita do Guarani, no domingo, 7, não posso deixar de dar destaque na coluna seguinte ao feito da equipe liderada por Éder Lazzari. Trabalhei na transmissão da final diante da Apafut, de Caxias do Sul, e pela primeira vez vi, ao vivo, o Índio de Venâncio Aires ser campeão. O 3 a 1 até pode parecer um resultado tranquilo, porém, quem esteve no Estádio Edmundo Feix, vai concordar que o Guarani passou por sustos.
O maior deles foi aos 32 da etapa inicial, quando a Apafut teve uma penalidade máxima a seu favor. Maicon, que tinha falhado no lance que originou o pênalti, cometido por Cairu, ficou do tamanho da goleira e evitou, duas vezes, que o clube de Caxias ficasse em vantagem. Pegou a cobrança de Riquelme e também o rebote. Foram duas defesas muito difíceis, que exigiram elasticidade, explosão e agilidade do camisa 1. A partir dali, o Rubro-Negro se encontrou no jogo e abriu o placar com o capitão Murilo Xavier, que acertou um ‘pombo’ de fora da área e deu tranquilidade ao time.
Logo no começo do segundo tempo, outro experiente do Guarani, o volante Sampson, fez 2 a 0. Mais tarde, Vítor fez o terceiro e, já com 34 minutos, Maldonado descontou para a briosa equipe da Serra. O apito final de Andressa Hartmann deu início para uma festa grandiosa, como o Índio merece. Os atletas, dirigentes e integrantes da comissão técnica celebraram sem parar e, na sequência, foram para os braços da torcida, em um momento que, certamente, ficará marcado na história. Após a partida, muitos falaram em ‘renascimento’ e ‘gigante adormecido’ e demonstraram a satisfação pela conquista da Terceirona. Agora, temos um novo desafio: a disputa da Divisão de Acesso, com a régua mais alta e a necessidade de mais investimento. Manter a base seria uma boa, mas vários jogadores devem sair, em virtude das destacadas atuações durante a competição.
Para 2026, há uma intenção de fazer futebol o ano todo, mas isso vai depender do apoio da comunidade, poder público e empresários. Nos últimos meses, a diretoria se notabilizou não apenas pela campanha que foi coroada com o título, mas também pelo pagamento de dívidas históricas e preocupação extrema com a condição financeira do clube. É um trabalho que precisa de sequência, sem dúvida, e isso, às vezes, inviabiliza gastos. Por enquanto, todos devem comemorar o feito da conquista inédita, mas logo ali na frente, quem faz futebol vai deparar com a próxima temporada. E aí será o momento de sabermos se há na Capital Nacional do Chimarrão, realmente, quem queira fazer o Guarani chegar ainda mais longe. Parabéns a todos que devolveram o clube à Divisão de Acesso.
Rapidinhas
Vereadores Dudu Luft (PDT) e Dra. Sandra Silberschlag (PP) tiveram atrito durante a audiência pública de apresentação da Lei Orçamentária Anual (LOA), na sexta-feira, 5, no Plenarinho da Câmara. Ao comentar sobre as emendas impositivas, Luft lembrou que a colega trata muito do Parcão, no bairro Aviação, mas não destinou recursos para estruturação do espaço público. Sandra rebateu dizendo que só não repassou uma emenda para o Parcão por ter sido informada que, enquanto não houver a pavimentação na Avenida Leonel Brizola, não será possível agir neste sentido. Ela também se queixou do tom do presidente no momento da cobrança.
Estão muito bem de fôlego os secretários da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) e Gilberto dos Santos (MDB). Na sessão da noite de ontem, além de outras matérias que constavam no expediente, eles dividiram a leitura de 299 emendas impositivas. Ela até deu uma paradinha para beber água, mas coisa rápida. O expediente, que costuma ser breve, consumiu mais de uma hora da reunião semanal.
O Poder Legislativo de Venâncio Aires tem mais três sessões para cumprir neste ano. Elas serão realizadas nos dias 15 e 22 – duas segundas-feiras, como de costume – e no dia 17, em reunião antecipada do dia 29. No penúltimo encontro de 2025 deve ser votada a suspensão de Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), que pode ficar fora da Casa do Povo por até quatro meses, em decorrência de denúncias feitas por Dudu Luft e Everton Dias, ambos do PDT, à Comissão de Ética. Em relação a Luft, Muchila fez declarações acerca do processo que ele responde no âmbito da Lei Maria da Penha. Everton acionou a comissão por ter sido chamado de ‘vereadorzinho’ e ‘capacho do prefeito’, entre outras coisas.