A vereadora Sandra Wagner (PSB) ficou furiosa com o colega Ciro Fernandes (PDT), que durante a sessão da Câmara de segunda-feira, 27, reclamou que ela se estende demais ao relatar suas moções. Fernandes afirmou que os comentários da socialista são “massantes e cansativos” e pediu que ela repense a apresentação para uma forma mais breve. “Imaginem se cada um dos 15 vereadores levar este tempo todo para relatar uma moção, como seria? Tudo bem que queira aproveitar a audiência da rádio, mas fale sobre isso na tribuna. Isso já está virando falta de educação”, disparou ele. Mais tarde, no período das Comunicações, Sandra deu o troco. “Quem ele pensa que é para dizer como devo apresentar meus trabalhos. Aliás, já nem está mais aqui, pois muito raramente acompanha a sessão até o fim”, contra-atacou, acrescentando que “todo mundo sabe que sempre mantenho a calma, mas também sei fazer discursos inflamados, se for preciso”. Quando Ciro Fernandes fez a queixa, Sandra relatava uma moção de aplauso à cadeia produtiva de leite.
REGIME DE URGÊNCIA
Vereadores de oposição não param de reclamar do envio de muitos projetos do Executivo em regime de urgência. De acordo com eles, com este tipo de medida, o prefeito Giovane Wickert (PSB) estaria desvalorizando a Câmara. Na sessão de segunda-feira, 27, Ana Cláudia do Amaral Teixeira (PDT) foi mais longe, classificando as urgências como “falta de consideração com a população de Venâncio Aires”. A justificativa é que, com as votações “a toque de caixa”, os cidadãos não conseguem ter conhecimento do teor de muitas proposições do Município, já que os parlamentares pouco têm condições de repercutir as matérias em plenário. A presidente da Mesa Diretora, Helena da Rosa (MDB), solicitou ao líder de governo na Casa do Povo, Adelânio Ruppenthal (PSB), que articule junto ao prefeito para que os projetos entrem na Câmara pelo menos 72 horas antes de serem apreciados em plenário. “Precisamos respeitar o papel do legislador”, afirmou ela.
RAPIDINHAS
• Tiago Quintana (PDT) voltou a dizer que a culpa pelo surto de dengue em Venâncio Aires é culpa da Administração. “A situação chegou a este ponto porque não houve ação. Mais uma prova da total incompetência e inoperância do governo”, declarou.
• Até o fechamento desta edição, por volta das 20h30min de ontem, o número de casos confirmados de dengue em Venâncio Aires era de 29. A Prefeitura já anunciou que vai pulverizar pela cidade um produto biológico que mata a larva do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Não está descartado, aliás, que o serviço seja realizado por um avião.