Venâncio Aires - A sessão ordinária de segunda-feira, 3, da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires, teve muitos momentos marcantes. Um deles foi o desabafo de Alberto Sausen (Podemos), ao falar sobre a implementação e reconhecimento — da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), no Prêmio Boas Práticas — do projeto GPS Rural. “Me julgam como bobo, velho e feio, mas eu não procuro defeitos nos outros, nem faço críticas. Não sei falar direito, mas sei trabalhar”, afirmou, para em seguida dizer que o GPS Rural é uma iniciativa deflagrada em 2022, quando era suplente de vereador, ainda pelo PTB, e assumiu durante um período na vaga de Ezequiel Stahl, que hoje está no PL. “Depois de três anos de luta, conseguimos fazer o que realmente interessa para um vereador, que é beneficiar a comunidade”, encerrou Sausen.

Limpeza de banheiros do Parque

Também na sessão de segunda-feira, 3, dra. Sandra Silberschlag (PP) solicitou limpeza nos banheiros do Parque Municipal do Chimarrão, que estariam em péssimas condições, muitas vezes impossibilitando o uso por conta da total falta de higiene. A resposta para o pedido veio em forma de vídeo nas redes sociais, postado pelo coordenador do Parque, Noredi Rodrigues, que gravou o momento em que um banheiro era limpo. A cena é totalmente desagradável, mas endossa as palavras de Rodrigues, que se queixou da falta de consideração de algumas das pessoas que utilizam o local. “Defecam no mictório”, lamentou ele, ao mostrar as imagens. O coordenador ressaltou que, por mais que a equipe trabalhe arduamente para manter os banheiros em condições de uso, isso jamais ocorrerá se quem vai aos locais não contribuir para a manutenção. Fico só imaginando a situação de quem tem que fazer a limpeza dos banheiros com frequência, porque os registros são de dar nojo, inacreditáveis.

Rapidinhas

  • “Devastação” foi o termo utilizado pelo vereador Nilson Lehmen (MDB) para classificar as podas e cortes drásticos de árvores feitos pela RGE nas últimas semanas em Venâncio Aires. De acordo com ele, a concessionária de energia elétrica “pertence aos chineses e, para eles, poda é custo, então vão logo para os cortes drásticos”. Dra. Sandra Silberschlag (PP) também insiste no assunto e pede que a Prefeitura tome providências.
  • Ao comentar sobre as precárias condições das estradas do interior de Venâncio Aires, o vereador Diego Wolschick (PP) disse que teria recebido de moradores de Alto Sampaio e Linha Santos Filho que desde 2018 uma patrola não passa pelas localidades. Ao ouvir a manifestação, o presidente da Mesa Diretora, Dudu (Luft), solicitou ao colega que marcasse uma agenda com representantes das comunidades, pois gostaria de visitá-los pessoalmente, para conferir a informação, que causou estranheza a ele. “Vou marcar e aviso o senhor”, disse Wolschick.
  • Everton Dias (PDT) foi à tribuna da Câmara, na sessão de segunda-feira, 3, para pedir que o Poder Executivo providencie a revitalização de áreas verdes no Coronel Brito e União. De acordo com o vereador, moradores dos dois bairros fizeram contato com ele pedindo melhorias nos espaços públicos.
  • Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), denunciou na tribuna da Câmara, na segunda-feira, 3, que o secretário de Cultura e Esportes, Sandro Kroth, “usa um carro da Prefeitura como se fosse seu”. O parlamentar afirmou que encontrou o titular da pasta em uma farmácia, fazendo compras, com o veículo oficial estacionado nas proximidades. Garantiu que vai levar a denúncia ao Ministério Público nos próximos dias.
  • Por falar em Muchila e em denúncia, o socialista fez protocolo formal na Comissão de Ética contra a colega Alessandra Ludwig (PDT), ela que divulgou um áudio do vereador no qual diz que seu gabinete teria virado uma “zona”. De acordo com o parlamentar — que já escapou de duas denúncias e é alvo de outras duas na mesma comissão, apresentadas por Dudu Luft e Everton Dias, ambos do PDT —, a medida foi tomada porque Alessandra o expôs durante a sessão de segunda-feira, 3, “distorcendo o conteúdo de uma cobrança legítima feita em ambiente institucional”. Conforme Muchila, a manifestação original tratava da frequência de assessores parlamentares, tema regulamentado por resoluções internas da Câmara e pela legislação municipal vigente.