Sausen, o governo e a oposição

Muitas pessoas estavam curiosas para saber como o vereador Alberto Sausen (Podemos) se posicionaria na Câmara. Eleito por um partido de oposição ao governo, logo depois do pleito ele antecipou que não seria opositor, o que levou muitos a imaginarem que manteria posição isenta no Legislativo. No entanto, bastaram duas votações, já na primeira sessão do ano, realizada na quarta-feira, 1º, e que também marcou a posse dos eleitos, para que a decisão de Sausen ficasse clara.

Quando precisou escolher entre Dudu Luft (PDT) e Ezequiel Stahl (PL) para a presidência da Casa do Povo, votou no governista, que se elegeu com 10 votos. Mais tarde, na votação do requerimento de Tiago Quintana (PDT), que solicitava afastamento das atividades legislativas para assumir a Secretaria de Governança, Administração e Gestão, se colocou ao lado da situação e de forma contrária à oposição, que votou pela não aprovação do pedido. Nas duas oportunidades, pareceu muito seguro e tranquilo.

Se vai continuar com esta postura até o fim do mandato, não se pode afirmar, mas o que fica evidente, neste primeiro momento, é que não quer se envolver em polêmicas que geram desgastes desnecessários. Embora seja algo improvável, a postura de Sausen pode aproximar o Podemos do governo. Problema é que o ex-vice-prefeito Celso Krämer, atual presidente da sigla, e o primeiro e segundo suplentes da legenda na Câmara, Diego Krämer e Renato Gollmann, fazem oposição a Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB) desde que a dobradinha surgiu. É uma situação interessante para acompanharmos durante todo o ano que já começou.

A boa arrancada de Dudu Luft

Ouvi muita gente comentando, nos bastidores da sessão que marcou a posse dos eleitos, na quarta-feira, na Câmara, ter se surpreendido com a desenvoltura de Dudu Luft (PDT) no seu primeiro discurso como vereador e presidente da Casa do Povo. Como é jovem, apenas 30 anos, havia a desconfiança de que ele poderia ficar muito nervoso na hora de falar em público – o que seria até normal -, mas manteve a firmeza no pronunciamento e conseguiu segurar a atenção de todos que estavam no Plenário Vicente Schuck acompanhando a solenidade. Foi muito aplaudido quando encerrou sua manifestação e tirou de letra a condução da sessão. Parece ter a personalidade que a função exige, mas também há quem aposte que, ao longo do ano, na condição de presidente e por ser pavio curto, entre em conflito com os integrantes da oposição.

Rapidinhas

Vereador não reeleito, Renato Gollmann (Podemos) decidiu lançar mão de um novo projeto. Ele está divulgando, nas redes sociais, que será vereador voluntário. “Sem gabinete, sem tribuna e sem salário, mas ao lado do povo de Venâncio Aires. Os trabalhos continuam”, escreveu ele no card que está circulando. Gollmann é o segundo suplente do Podemos, que elegeu Alberto Sausen e tem Diego Krämer como primeiro suplente.

Comentário do vereador Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), em matéria publicada pela Folha do Mate sobre a eleição de Dudu Luft (PDT) para a presidência da Câmara em 2025: “Qualquer cego vê que o Ezequiel é muito mais preparado, até porque é vereador de terceiro mandato. Mas, para a politicagem, não importa o que é melhor para a comunidade, e sim o que é melhor para o time do rei. Sonho com o dia que a comunidade ocupe seus espaços e faça valer sua vontade e não a vontade de alguns. Seguimos brigando por uma cidade melhor”. Ezequiel Stahl (PL) foi candidato a presidente da Mesa Diretora do Poder Legislativo na chapa de oposição, na qual Muchila aparecia como vice-presidente.

Agora major da Brigada Militar e respondendo pelo subcomando do 23º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Santa Cruz do Sul, Michele da Silva Vargas, que até pouco tempo liderou a 3ª Companhia da BM, em Venâncio Aires, vai provavelmente deixar o município. Policial de primeira prateleira, sempre muito preocupada em garantir a segurança da população, ela foi promovida e deve ter novos desafios pela frente. A oficial ainda aguarda pela oficialização da remoção e função que irá exercer, mas já falou em tom de despedida para a reportagem da Folha do Mate e Terra FM. Profissionais como ela têm mais é que subir até onde for possível na carreira, pois merecem todo o reconhecimento pelo serviço prestado. Quem perde é a Capital do Chimarrão, que tinha um exemplo de dedicação à frente da tropa. A régua é alta para quem vier substituí-la.



Carlos Dickow

Carlos Dickow

Jornalista, atua na redação integrada da Folha do Mate e Terra FM.

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