Acredito que é bem possível que, na noite de domingo, dia 2 de outubro, Venâncio Aires quebre um tabu que já dura décadas. Assim como toda a comunidade da Capital Nacional do Chimarrão, também estou torcendo muito para que tenhamos eleitos entre os candidatos locais. Bom seria se todos conquistassem os seus objetivos, mas sabemos que isso é muito difícil. Portanto, ficaremos na expectativa para que, pelo menos, um dos nossos nomes tenha sucesso nas eleições gerais.
Se isso acontecer, independente de quem seja o eleito, Venâncio Aires ‘mudará de turma’ em relação à representatividade política. A expectativa é grande, já que cada um dos candidatos planejou muito bem a sua estratégia e colocou em prática. O ex-prefeito Airton Artus (PDT), que concorre a deputado estadual, quer fazer o ‘grosso’ dos votos por aqui, além de pegar boas fatias nos vales do Taquari e Rio Pardo e, ainda, em alguns municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. Ele também tem boas relações no Litoral Norte, especialmente na cidade de Osório.
Silvia Schirrmann (Podemos) está apostando todas as suas fichas nos votos dos eleitores venâncio-airenses, uma vez que é a única candidata a deputada federal representando a Capital do Chimarrão. Também espera uma boa votação nos municípios da região, principalmente em Vale Verde, Santa Cruz do Sul e Rio Pardo, onde tem familiares e amigos. Ela sabe que a missão é árdua, mas se diz confiante e quer ser a representante de Venâncio Aires e região na Câmara dos Deputados, em Brasília. Se eleita, pretende atender, especialmente, as demandas dos menos favorecidos.
Também ex-prefeito, Giovane Wickert (PSB) conta, logicamente, com os simpatizantes venâncio-airenses para chegar ao Palácio Farroupilha. Entretanto, durante o período de campanha, rodou bastante por aí. Isso porque, há não muito tempo, exerceu a função de secretário adjunto de Obras e Habitação do Estado, cargo que lhe permitiu conhecer várias pessoas e criar novos entrelaçamentos políticos. E, agora, é a hora de tentar buscar e consolidar estes parceiros. Ele chegou a mencionar que não se surpreenderia se fizesse votos em mais de 300 municípios. Em 2014, fez em mais de 200.
Entre todos os nossos candidatos, talvez a estratégia mais ousada seja a de Celso Krämer (Podemos), que concorre a uma vaga na Assembleia Legislativa pela quarta vez. Sustentando a tese de que os votos de Venâncio Aires são importantes, mas não suficientes para garantir um deputado, ele praticamente virou o estado do avesso nos últimos 45 dias. Esteve, segundo ele mesmo disse, em pelo menos 300 dos 497 municípios gaúchos. Em diversos deles, entregou emendas parlamentares relativas ao mandato do deputado federal Maurício Dziedricki (Podemos), que busca a reeleição. Aguardemos o resultado das urnas, no domingo.
Gustavo e Helena incomodados
Gustavo da Rosa Dettenborn e Helena Beatris da Rosa, filho e esposa do ex-prefeito Almedo Dettenborn, respectivamente, enviaram mensagem à coluna por meio da qual “repudiamos fortemente o uso de Almedo para promover candidatos politicamente”. De acordo com eles, “na última eleição já haviam feito isso e assim fizeram novamente”. Gustavo e Helena destacam que “Almedo construiu ao longo de sua vida pública uma grande história no município e sempre esteve engajado politicamente, porém, usar a imagem de um homem que nem responde por si, pois está interditado, para a promoção política, é totalmente fora dos princípios éticos”. No texto, filho e esposa classificam a atitude como “uma irresponsabilidade do candidato e de quem está cuidando do Almedo. É lamentável”. Na semana passada, Silvia Schirrmann (Podemos), candidata a deputada federal, divulgou registros ao lado do ex-prefeito. Na eleição anterior, a referência é em relação a Giovane Wickert (PSB), que também captou imagens ao lado de Almedo.
