Acompanhamos neste domingo, dia 30 de outubro de 2022, a eleição mais ‘ajustada’ da história do Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), bateu Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), e vai para o seu terceiro mandato como presidente da República. Com um total de 99,40% das urnas apuradas no Brasil, por volta das 20h, o candidato petista superou o atual presidente por 50,88% a 49,12% dos votos. Antes disso, em 2014, Dilma Rousseff (PT) superou o adversário Aécio Neves (PSDB), por 51,64% a 48,36%. É a prova de que o país segue dividido e a missão de Lula é aproximar a sua gente.
Primeiro, passaremos por um momento de arrefecimento dos ânimos, já que muitos embates foram registrados – e extremamente acalorados -, em razão da polarização eleitoral. Depois, dependeremos da boa vontade de Bolsonaro para que tenhamos uma transição minimamente decente. Eu não sei, sinceramente, se haverá clima para isso, já que os dois candidatos à presidência trocaram ataques e mais ataques durante a campanha. E o resultado apertado deste domingo pode manter esta fagulha acesa, o que seria lamentável para a democracia. Enfim, será preciso esperar pelos dias que virão para conhecermos os próximos capítulos.
A questão econômica será o ponto nevrálgico. Estamos saindo definitivamente de um período de pandemia, que deixou marcas para sempre, tristeza e saudade. Por isso, é preciso pacificar o Brasil o quanto antes possível, para que a “roda volte a girar”, como Lula afirmou em seu pronunciamento pós-vitória nas urnas. Vamos precisar de diálogo, de empatia, de todos puxando para o mesmo lado. A eleição passou, o resultado precisa ser reconhecido e cada um deve seguir o seu caminho. É isso que precisa acontecer. Que deste pleito reste, se for o caso, apenas uma ‘flauta’ como se fosse um Gre-Nal, sem tencionamento de ânimos.
Que o lado vencedor tenha tranquilidade para festejar, inclusive desabafando, se for o caso, mas que não haja provocação. Vamos juntar os cacos e torcer pelo Brasil e por um bom governo. Colaborar para a prosperidade do país e evitar o revanchismo. O presidente que sai, é preciso dizer, trabalhou pressionado demais, e sabemos que isso não é legal. Sob pressão, somos mais propensos às falhas, e quando um presidente erra, o reflexo para o povo é imensurável. Gostemos ou não do resultado das urnas, não é brigando que mudaremos alguma coisa. Vamos olhar para a frente, pois o que passou, passou. Vamos contribuir para garantir as melhores condições de vida na nossa cidade, no nosso estado e no nosso país. Que assim seja!