Passada a eleição para deputado e contabilizados os votos que os candidatos de Venâncio Aires receberam dos eleitores daqui, o ex-prefeito Airton Artus (PDT) continua sendo o líder do ranking dos últimos 22 anos. Somando os 16.309 votos 2022 aos dos pleitos anteriores (13.308 para deputado estadual em 2018; 27.154 para prefeito em 2012; 21.686 para prefeito em 2008; e 1.217 para vereador em 2000), Artus chega a 79.674 votos recebidos dos venâncio-airenses em cinco eleições disputadas até o momento.
Ele abriu mais vantagem em relação ao segundo colocado, que agora é Giovane Wickert (PSB), com 57.010 votos. Foram 7.933 para deputado estadual em 2022, na sua sexta eleição, que somam com os 49.077 que já tinha recebido (15.702 para prefeito em 2020; 18.042 para prefeito em 2016; 13.913 para deputado estadual em 2014; 976 para vereador em 2004 e 444 para vereador em 2000). Com o desempenho deste ano, Wickert superou o ex-prefeito Almedo Dettenborn (MDB), que agora é o terceiro colocado do ranking elaborado pela Folha do Mate, com 51.919 votos.
As demais posições não se alteraram. Jarbas da Rosa (PDT) é quarto, com 43.942 votos, e Glauco Scherer (MDB) quinto, com 39.873 votos. Nestor de Azeredo (PSB) está no sexto lugar, com 30.035 votos, agora seguido mais de perto por Celso Krämer (Podemos), que com os 1.820 votos recebidos em 2022, para deputado estadual, chegou a 28.123 no total e figura na sétima posição. Em oitavo surge Nilson Lehmen (MDB), com 21.955 votos; em nono está Vinícius Medeiros (PSDB), com 14.315 votos; e, fechando a lista dos dez mais lembrados pelo eleitorado da Capital Nacional do Chimarrão, está Telmo Kist (sem partido), com 13.538 votos.
Lembrando que, para fins de contabilidade e classificação, só são levados em consideração os votos que os candidatos fizeram sozinhos ou em cabeças de chapa. Portanto, os votos das eleições majoritárias contam apenas para quem concorreu a prefeito. Quem fazia parte da chapa como candidato a vice não soma estes votos no seu total, pois dessa forma, conforme critério adotado, os votos seriam duplamente contabilizados.
O que vem pela frente na política
Assim que forem definidos presidente e governador, as atenções estarão voltadas para a formação do primeiro escalão estadual e federal, o que pode ter reflexo em Venâncio Aires, com nomes daqui tendo oportunidade na Assembleia Legislativa. Airton Artus (PDT) é o que tem mais chances, pois ficou com a primeira suplência do partido para a Assembleia Legislativa. Giovane Wickert (PSB) corre mais por fora, já que chegou à segunda suplência da legenda. Ambos precisam torcer por Eduardo Leite (PSDB) contra Onyx Lorenzoni (PL) no segundo turno, pois as siglas às quais pertencem anunciaram apoio ao candidato tucano.
Depois de iniciados os governos estadual e federal, em 2023, as novidades na política devem se dar no âmbito municipal. Isso porque muita gente vai trocar de partido, seja por vontade ou necessidade. No caso dos vereadores, as mudanças só podem ocorrer em 2024, seis meses antes das eleições, sob pena de perda de mandato. Só que, em caso de extinção de partido ou expulsão de determinada sigla, as peças do tabuleiro podem se mexer antes do previsto. Em Venâncio Aires, a maior expectativa reside no PTB, que atualmente tem cinco cadeiras na Câmara de Vereadores.
Renato Gollmann e Diego Wolschick ‘namoravam’ com o Podemos, para onde foram Celso Krämer e Silvia Schirrmann. Só que, com o desempenho frustrante dos candidatos nas urnas, em 2022, talvez voltem atrás. Ezequiel Stahl e André Kaufmann parecem mais perto do PSB, mas nos últimos tempos surgiu a informação de que Kaufmann teria sido sondado pelo Progressistas, partido que pode acertar uma fusão com o União Brasil. E Clécio Espíndola, o Galo, sempre deu pinta de que seu destino seria o PDT, mas o Republicanos também está no seu radar. Os demais vereadores devem ficar onde estão. Talvez alguns suplentes mudem de legenda.
Rapidinha
• “O pessoal de Venâncio Aires não votou em mim para deputado estadual porque quer me ver prefeito mais uma vez”, teria dito Giovane Wickert (PSB) em uma roda de conversa, na Câmara de Vereadores. Sinal de que o socialista já projeta uma candidatura à eleição majoritária de 2024.