Os vereadores Diego Wolschick (PTB) e Gerson Ruppenthal (PDT) deixaram claro, mais uma vez, que não se bicam. Novas alfinetadas, de parte a parte, foram registradas na sessão da Câmara de quarta-feira, 8. Ao ocupar a tribuna no período das Comunicações, Wolschick chamou Ruppenthal de covarde, por ter citado seu nome quando não estava mais no Plenário Vicente Schuck, no encontro anterior do Legislativo. “É como ir em um júri sem uma parte. Aliás, de juiz, sentença e condenação, você entende bem”, disparou, em referência aos problemas que Ruppenthal teve com a Justiça, em 2016, por porte ilegal de arma de fogo e violação de direitos autorais. O petebista falou ainda que o desafeto teria realizado um comício, na campanha do ano passado, no interior, “onde bateu a fiscalização e tu teve que fugir pro mato para não te multarem”.

Ao comentar que não era contra a saúde – respondendo declaração feita por Ruppenthal -, Wolschick foi ainda mais longe. “Esqueceu que, em fevereiro, doei meu primeiro salário para o hospital? Dinheiro que ajudou a salvar a tua vida, quando esteve internado por Covid”, declarou, para em seguida concluir: “Já que você viu a cara da morte, tente ser uma pessoa melhor, menos rancorosa. Achei que isso ia acontecer, mas me enganei. Se tu me deseja o mal, te desejo o bem”.

Na sua vez de utilizar a tribuna, o pedetista afirmou que não poderia concordar com mentiras. “O senhor disse aqui que eu fui cassado. Se fosse assim, não poderia concorrer. Deveria se informar com o jurídico da Casa”, contra-atacou. Depois, disse que Wolschick poderia fazer o que quisesse com o seu dinheiro, “pois dinheiro não salva vidas, o que salva vidas, sim, é um médico com a sua especialização”. Por fim, acusou o adversário político de ter sido contra a instalação de uma rede hídrica na localidade de Linha Maria Madalena. “Isso sim é verdade”, concluiu. Os dois parlamentares manifestaram que não pretendem mais protagonizar episódios de ataques pessoais, mas, do jeito que a coisa vai, é difícil de acreditar que não voltem a bater boca no Legislativo.

Comparações entre Artus e Wickert

Vereadores de governo e oposição já iniciaram o debate eleitoral na Câmara. Na sessão de quarta-feira, 8, vários compararam o desempenho de Airton Artus (PDT) e Giovane Wickert (PSB), tanto na Prefeitura, quanto nos cargos políticos em Porto Alegre. Artus, até pouco tempo, era coordenador de bancada do PDT na Assembleia Legislativa, enquanto Wickert ocupa a função de secretário adjunto de Obras e Habitação. Cada parlamentar, claro, defende o seu lado. Artus e Wickert são pré-candidatos ao Palácio Farroupilha em 2022, e a eleição, como visto, já começou.

Gaúchos voltam a campo pelo Brasileirão

Depois de alguns dias sem futebol, os gaúchos voltam a campo na rodada de abertura do returno do Campeonato Brasileiro. O primeiro a jogar é o Juventude, que recebe o Cuiabá, no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, neste sábado, 11, às 17h. Já no domingo, 12, é a vez do Grêmio seguir sua caminhada na tentativa de sair da incômoda zona de rebaixamento. O compromisso é contra o Ceará, às 11h, na Arena, em Porto Alegre. O Inter só vai para dentro das quatro linhas na segunda-feira, 13, às 20h. O adversário é o Sport, na Ilha do Retiro, no Recife.

Rapidinhas

• Em quase todas as sessões da Câmara, o presidente Tiago Quintana (PDT) precisa pedir silêncio e atenção dos colegas aos pronunciamentos na tribuna. No encontro de quarta-feira, 8, a solicitação se repetiu, quando Sandra Wagner (PSB) estava falando.

• Questão da água não sai de pauta no Legislativo. Fala-se em lago artificial, barragens no Arroio Castelhano e reservatórios. Na semana passada, alguns vereadores estiveram em Camaquã, justamente para conhecer as barragens do município. Resta saber quando alguma destas ideias vai sair do papel. Por enquanto, são só sugestões.

• Vereador Claudio Weschenfelder (PDT) está em busca de ajuda dos colegas para contatar deputados que concordem em levantar a bandeira da flexibilização de exigências para entidades, principalmente as do interior. Ele teme que muitas delas sejam extintas por conta da necessidade, por exemplo, de instalação de hidrantes, um investimento que não baixa de R$ 30 mil. As regras ficaram mais rígidas desde o episódio da Boate Kiss, em Santa Maria.

• Janete Brandão (PSD) e Elígio Weschenfelder, o Muchila (PSB), também trocaram farpas na sessão de quarta-feira, 8. Ele reclamou por ter sido chamado de arrogante, e ela respondeu que o colega “cobra respeito, mas não dá”. No fim da reunião, Tiago Quintana (PDT) aproveitou para tirar uma casquinha do socialista: “Muchila, vou evitar de fazer aqui um contraponto que o senhor merecia, porque estaria sendo desproporcional com vossa excelência. Um 2 a 1 pro senhor seria bastante ruim, pois a vereadora Janete já está te dando bastante trabalho aqui no debate”. O contraponto de Quintana seria relacionado a críticas feitas por Muchila ao prefeito Jarbas da Rosa (PDT).