Diego Wolschick (PP) voltou a dizer que, no seu entendimento, a presidência da Mesa Diretora da Câmara deveria ser ocupada por representantes das maiores bancadas ao longo dos quatro anos da legislatura. “Dessa forma, faria justiça à representatividade dos partidos”, justifica. Atualmente, os presidentes são escolhidos a partir da apresentação de chapas e, como a situação tem, originalmente, nove votos — além do apoio de Alberto Sausen (Podemos), que está alinhado à base do governo —, garante, por meio de acordo, o comando nos quatro anos.
Dudu Luft (PDT) é o presidente de 2025 e, depois, devem estar à frente do Legislativo Nelsoir Battisti (PSD), Gilberto dos Santos (MDB) e outro pedetista no último ano, com Alessandra Ludwig em vantagem. Caso a sugestão de Wolschick fosse acatada, o PDT, que tem cinco cadeiras na Casa, e o PP, com três assentos, presidiriam um ano cada. O MDB, com dois vereadores, ficaria com uma presidência e, o último ano, de acordo com Wolschick, seria do Podemos, por ter o maior coeficiente eleitoral (números de votos) entre as bancadas que têm um vereador eleito.
Fogo amigo ‘queima’ expediente
Na sessão da Câmara de Vereadores de segunda-feira, 7, Gilberto dos Santos (MDB) queixou-se de trabalhos feitos em estradas do interior pelo fato de os servidores terem “só passado a patrola, sem abrir as valetas”. Na sequência, Alberto Sausen (Podemos) afirmou que os moradores poderiam ajudar na manutenção das vias, “não apenas ficar ligando para chamar as máquinas”. Assim que foi possível, Ezequiel Stahl (PL) usou a palavra e aproveitou o momento. “Os próprios vereadores da base governista estão enchendo o expediente de pedidos de providências”, afirmou, para completar em seguida: “Um, que já foi secretário, dizendo que o serviço não está bom, e outro, que foi capataz e é operador de máquinas, querendo que os donos de propriedades façam o serviço que é dele. Não tem mais nada que a gente precise ouvir”.
Emendas parlamentares e HSSM
“As emendas parlamentares dão o fôlego necessário para o hospital manter as portas abertas e serviços em funcionamento.” A afirmação é da vereadora Sandra Silberschlag (PP), que se mostra preocupada com a situação do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM). Médica e conhecedora como poucos das dificuldades da instituição de saúde, Sandra destaca a necessidade de ‘ataque’ ao déficit mensal — que fica entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão, sendo R$ 400 mil só de juros bancários — e busca incessante de recursos para que os serviços essenciais não sejam descontinuados. “Precisamos pensar no financiamento do hospital”, reforçou ela, lembrando ainda que a dívida do HSSM chega aos R$ 16 milhões.
Bate-boca que não acaba nunca
Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), voltou da licença a fim de polemizar. Atacou Gerson Ruppenthal (PDT), que está no Legislativo porque Tiago Quintana (PDT) assumiu a Secretaria de Governança e Gestão. “O titular está na Prefeitura, ganhando mais, e o suplente deveria ter vergonha na cara e ir embora, ou deixar outros suplentes assumirem também”, disparou. Não bastasse a investida contra Ruppenthal, ainda ‘atirou’ contra Alberto Sausen (Podemos). “O vereador, que se vendeu para o governo, se esqueceu de falar que colocou a filha como CC”, afirmou. Renata Sausen, filha do parlamentar, foi admitida na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, em 3 de junho.
Ação, reação e mais hostilidades
Como toda ação tem reação, Gerson Ruppenthal (PDT) rebateu as declarações de Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB). Disse que fez mais votos que o socialista — 739 a 639 — e ‘bateu na tecla’ de que ele recebia função gratificada sem trabalhar, por estar cedido ao Sindicato dos Servidores Públicos do Município. “Queria que o Muchila não voltasse”, disse o pedetista, que ainda acrescentou: “Não dá para acreditar que quer bancar o bom moço”. Acostumada a protagonizar embates com o colega do PSB, Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) pediu aparte e fez críticas. “Está aqui só para fazer intrigas, pois fala mal de todo mundo. É uma vergonha, a plateia não merecia esse barulho”, afirmou, e chegou a dizer para que Muchila ficasse quieto e escutasse o que ela tinha a falar, em momento em que ele tentou interferir.