De cada momento vivenciado por espectadores, as lembranças dos acontecimentos permanecem na mente e no coração. Mas se temos o recurso dos registros para a posteridade, melhor ainda. Nestes ‘retratos da tradição gaúcha’, um pouco do que nosso olhar buscou para eternizar alguns momentos da segunda Inter-regional do Enart, realizada nos dias 25,26 e 27 de setembro, no Parque do Chimarrão, em Venâncio Aires.
Cabelos que encantam, vestidos simples ou sofisticados, pés descalços das prendas que se desafiam, abraços apertados entre os participantes, e muita emoção, em silêncio ou no grito de guerra. A cada dança, a torcida de amigos, familiares e público que aplaude os jovens, torna-se o ingrediente que os motiva ainda mais. O colorido das vestimentas toma conta da pista. Mas acima de tudo, os grupos demonstram arte e desenvoltura. Tudo perfeito para a plateia. Entretanto, detalhes de ‘desacertos’ que não passam despercebidos à comissão avaliadora.
Histórias retratadas, nas danças de entrada e saída, com belos espetáculos, sem contar as danças tradicionais que embora repetidas, por conta do sorteio, sempre encantam o público. O conjunto de elementos utilizados nos cenários, as despesas com indumentária, cabelo maquiagem e ‘as muitas mãos’, que se entrelaçam para realizar este sonho e manter viva a tradição, parece uma eternidade que passa em, mais ou menos, 20 minutos
Chegar à final do Enart é o objetivo perseguido, por alguns há anos. Para outros, uma realidade que se renova a cada ano. Mas, para estar entre os campeões na final, o eterno recomeçar – agora é a meta daqueles que se classificaram. Para quem precisou protelar, neste ano, novos planejamentos e suas estratégias já começam a serem articuladas.
Enquanto isto, apresento-lhes algumas destas ‘chegadas e partidas’, que apontam novos caminhos às invernadas, entidades e equipes que, juntos, se orgulham de fazer parte deste chão, e por meio das modalidades artísticas inovam, evoluem, mas sempre com o objetivo de preservar a cultura de nossos antepassados.
Por outro lado, para que o evento ocorra em um determinado municipio é preciso que haja comprometimento das autoridades tradicionalistas regionais, municipais e pessoas empenhadas na sua realização. O Movimento tradicionalista promove, mas ele precisa do respaldo da Administração Municipal e seus apoiadores. E mais uma vez, a Capital do Chimarrão demonstrou seu engajamento com o evento, que se não satisfez a todos, agradou a muitos. “Há quem critica e há quem faz. Eu prefiro ser aquele que faz”.(Paulo Autram)
Daniella Rediess, integrante do CTG João Simões Lopes Neto, de Pelotas, com a leveza e sofisticação de sua indumentária