Nesta segunda-feira, 5, se completam 14 anos que iniciei a escrever no espaço da Cultura Gaúcha. Hoje, gostaria de comemorar, mas somente vou agradecer às pessoas que me trouxeram até aqui e àquelas que, no trem da vida, sentaram ao meu lado. Entretanto, no dia de hoje misturam-se sentimentos de gratidão, de lembranças de amigos que ‘Pelos Caminhos da Tradição’ se tornaram irmãos. Ao mesmo tempo, um aperto forte no peito, me deixa quase sem palavras para externar meu sentimento àqueles que estão passando por este momento, tão doloroso, com a tragédia ocorrida com a equipe e tripulantes do Chapecoense.
Por isso, tiro o chapéu… e me curvoPara cada família que sofre a despedida prematura de seus entes queridos, rogo ao Patrão Celestial que receba cada um destes filhos na grande Invernada de Luz. Aos que ganharam uma nova vida, independente, das condições físicas, força redobradas para aceitarem os novos desafios desta caminhada….Aos grandes amigos venâncio-airenses, através do Pedro Preuss, irmão do sempre lembrado Cadú, muita força e coragem. A ti Pedrinho, primeiro peão de danças tradicionais de minha filha, ainda, no grupo ‘Los Ninos’, na Escola Monte das Tabocas, um carinho todo especial.
LembrançasEm meio a risos e lágrimas, o que fica são os momentos e os valores de tudo que se conquista, durante este ciclo chamado ‘vida’. Mas despedidas, confesso, embora muitas que já vivi, continuam a me tirar o ‘chão’. Porém, é preciso recomeçar, buscar outros ciclos, até um dia nos reencontrarmos.
Quis o Patrão Maior que a minha ‘despedida de decoradora de festas’, fosse realizada nos 15 anos de Eduarda Bender, ‘a Dudinha’, quando toda a família Preuss e demais familiares comemoraram com tanta alegria aquele momento especial. Foi tudo mágico. Passado este período, muitas coisas bonitas, nesta nova oportunidade, divulguei, vivenciei e compartilhei. Mas hoje, não posso deixar de registrar meus sentimentos, e minha homenagem a estes grandes amigos – e aos irmãos – que partiram deste plano.
Agora, meu pensamento se eleva em oração para esta ‘empreitada de lágrimas’, porém na certeza de que o legado daqueles que partiram estará estampado nas páginas da história com reverências. Embora não fossem estes os capítulos do livro ‘O último voo’, título que nossos repórteres da Folha do Mate, que repentinamente, precisaram colocar na capa da última quarta-feira. Profissão que exige, clareza e discernimento, como bem disse o colega, Daniel Heck, em sua coluna, na mesma edição sobre a “despedida de um amigo”.