Foto: Beatriz Colombelli / Folha do MateEncantador de búfalos
CTG Pelego Branco, de Taquari, trouxe a temática coreográfica ‘Encantador de Búfalos’, baseada na história real do pecuarista e veterinário, Antonio Carlos Trieweiler, de General Câmara, para o palco da  2ª Inter-regional

No bailado dos dançarinos que ‘encantam’ ao público, por meio das coreografias, sempre há uma história pesquisada, que traz o passado e o presente compondo o espetáculo que se transforma em verdadeira obra de arte. Mas para chegar até uma etapa classificatória, com a mais perfeita apresentação destas coreografias, com fidelidade à pesquisa, as invernadas passam por uma maratona de ensaios, ao longo do ano, além de reproduzir por meio de cenário, peças fundamentais à veracidade da história.  

Quando esta coreografia tem o seu ‘inspirador’ na plateia, imagina-se que o coração do grupo pulse mais forte e a responsabilidade aumente. Pois, para a invernada artística do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Pelego Branco, de Taquari, foi o que aconteceu na segunda Inter-regional do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), realizada, em Venâncio Aires, nos dias 24 e 25 de setembro.

Com a presença do homenageado e inspirador da coreografia de entrada e saída, Antônio Carlos Trierweiler, 52 anos,de General Câmara, o grupo trouxe para o palco, a temática ‘O encantador de búfalos’, inspirada na história real do veterinário e pecuarista. 

 Na história

Trierweiler morava em Porto Alegre, mas visitava a fazenda do avô, em General Câmara, e nestas visistas ele observava os búfalos de uma fazenda vizinha. Ao se formar no curso de Veterinária, “o interesse pelos búfalos aumentou”. Foi quando em 1980, resolveu se mudar para a fazenda do avô, e dar início ao seu rebanho. Ele também era músico e tocava violino na Orquestra de Concertos de Lajeado e na Orquestra Jovem Unisc, de Santa Cruz do Sul.

Durante um ensaio na varanda de sua casa ele percebeu uma reação dos animais. “Quando toquei ‘Amazing Grace’ eles pararam de pastar”, destaca. Foi então que começou a fazer testes em horários e locais diferentes. Independente do momento, os animais paravam de pastar, se enfileiravam e o seguiam.

Foi quando ele dispensou o uso de cavalos para organizar a manada, sempre que precisava movimentá-los de um potreiro para outro. O som do violino passou, então, a ocupar o espaço de cavalos e cães para o músico e a façanha saiu da fazenda, tomou os meios de comunicação tornando  Seu Antônio conhecido como o ‘Encantador de Búfalos’. 

 Foto: Divulgação/TV tradição Ao som de violinos, grupo entrou no palco do Ginásio Poliesportivo

Ao som de violinos, grupo entrou no palco do Ginásio Poliesportivo, em Venâncio Aires