Despedida ao eterno Patrono, Silveirinha

Faleceu na madrugada desta, quarta-feira, 8 de março, no Hospital São Sebastião Mártir, José Darci da Silveira. Patrono dos Festejos Farroupilhas, de Venâncio Airese, em 2015, o tradicionalista e Cidadão Venâncio-Airense, seu Silveirinha, como era conhecido pelos amigos, tinha 69 anos, e deixa enlutado os filhos, netos, irmãos e uma legião de amigos.

O velório acontece na Câmara de Vereadores, de Venâncio Aires, até as 15h, após os atos de encomendação serão na comunidade Santa Rita de Cássia e o enterro no Cemitério, municipal, conforme divulgado.

JOSÉ DARCI DA SILVEIRA

(Foto; Beatriz Colombelli/arquivo)

Natural de Santa Cruz do Sul, ‘Silveirinha’, como era conhecido no meio tradicionalista, nasceu em Linha Silveira, no dia 3 de setembro de 1953. Filho de Osvaldo (in memoriam), e de Santa Vidaletti da Silveira. Ele que se considerava um filho da Capital do Chimarrão, recebeu o título de Cidadão Venâncio Airense, no dia 11 de maio de 2015.

Suas atividades ligadas ao município, nos mais diversos segmentos social, cultural e profissional, não lhe apartavam de suas raízes em sua terra natal, Gramada Xavier, onde cultivava muitos amigos. Por conta disto, também recebeu homenagem durante cavalgada realizada naquele município.

Em Venâncio Aires, iniciou também na função pública em 1989. Os cargos de secretário municipal da Saúde e vereador, também foram ocupados pelo patrono.

FAMÍLIA

Para José Darci, a família era a maior de todas as riquezas. Por 29 anos esteve ao lado de sua prenda Maria Susete, até que ela partisse para a estância maior. Desta união nasceram os filhos Mariele, Mariângela e Marcos. “O tempo ainda me trouxe mais três filhos: a nora Pauline, os genros Joelsi e Josué, que são bons amigos, apesar de serem colorados” (risos), contou durante entrevista por ocasião da homenagem como Patrono.

Com orgulho referia-se a “três “pessoinhas importantes” que alegravam a sua vida: a prendinha Isabella, filha da Mariângela e do Josué: o Gabriel e o Arthur filhos da Mariele e do Joelsi Ferreira, que pelos caminhos da tradição já carregavam os títulos de Guri e Piazito da 24ª Região Tradicionalista, respectivamente. Gabriel também foi o 3º Guri Farroupilha do Rio Grande do Sul, para alegria do avó, em vida.

PÁGINAS NO TRADICIONALISMO

De gravata ou de lenço, seus braços sempre se estenderam para várias entidades tradicionalistas do município, sem distinção, sendo sócio de muitas delas.

No extinto Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Chilenas de Prata foi um dos colaboradores. Para o CTG Chaleira Preta, através do poder público adquiriu uma área de terra, bem como o ‘tijolo inicial’ para a construção da sede. Na entidade, exerceu também a função de patrão e vice.

Com o CTG Erva-Mate participou de Cavalgadas em busca da Chama Crioula e de Cavalgadas da Integração no município. Junto à ATVA foi um dos colaboradores para efetivá-la como associação e para registrá-la no Movimento Tradicionalista Gaúcho, e também exerceu a função de vice-presidente.

No CPF Terra de Um Povo, foi grande colaborador e acompanhou os netos, a filha e o genro, por muitos anos.E um dos título que Silveirinha carregava com muito orgulho era o de Patrão de Honra da entidade. Homenagem recebida por sua dedicação à entidade, onde desde a cozinha à colaboração com a invernada adulta, especialmente para a participação desta nas inter-regionais do Enart.

NA COMUNIDADE

Além das entidades tradicionalistas, Silveirinha dedicou-se à liderança comunitária, tanto no interior como na cidade. Entre seus feitos a idealização do ginásio da comunidade Santa Rita de Cássia, onde inclusive deu o ‘pontapé inicial na inauguração’. “Um sonho e grande orgulho por representar meu pai que foi um grande líder na comunidade,” destacou, também durante a entrevista, a esta colunista, como Patrono, e acrecentava que tudo que fazia nunca esperava retorno, fazia por boa vontade.

LEGADO

Da infância simples traz boas lembranças e as histórias que foram repassadas para os filhos, sobrinhos e netos. As lides no campo, andar a cavalo e a pilcha eram suas companheiras. Destacava, ainda, que talvez não soubesse que isso era tradicionalismo. Quanto às dificuldades, comentava que todas sempre foram superadas com muito trabalho e união da família.

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