
Com 81 edições, entre ordinárias e extraordinárias, a Convenção Tradicionalista remonta o ano de 1968. Pelos pagos gaúchos, as lideranças do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) trilharam muitas léguas. Por estes Caminhos da Tradição, ao longo destes anos, gaúchos e gaúchas regastaram, organizaram, implantaram e fizeram vingar as ideias que se transformou em culto às mais diversas manifestações culturais do Rio Grande do Sul.
Entretanto, as mudanças são constantes e há necessidade de repensar a organização para a efetiva manutenção dos objetivos. Especialmente, em tempos de avanços tecnológicos, em que as novas gerações, ‘menina dos olhos’ do Movimento são a maioria, os olhares dos atuais dirigentes se voltam às diretrizes que exigem readequações. Algumas necessitam mais ‘arrocho’, outras um pouco de afrouxamento. Todas, no entanto, integram um conjunto de valores a serem seguidos. Acelarar o passo, ou ‘puxar as rédeas’ são ações indispensáveis para indicar caminhos às novas lideranças.

No sábado, 25, os tradicionalistas do RS se encontraram, em mais um momento histórico. O local? No Teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa. Na condução das plenárias, o presidente do MTG, Manoelito Carlos Savaris. Ele foi o mediador de 41 propostas de cidadãos que integram o MovimentoTradicionalista, porém ouviu crianças e jovens que já têm uma história de fundamento para apresentar as suas propostas e defender pontos de vistas. Embora, o direito a voto se resuma a conselheiros e coordenadores. Se por um lado, os modernos celulares e os mais diversos aplicativos permitem aos jovens a conexão midiática instantânea, por outro com a indumentária alinhada, faixas e crachás eles chamam atenção por onde passam e participam das atividades atentamente, acompanhados dos familiares, amigos, coordenadorias e um gostoso chimarrão.

Acompanhamos esta movimentação, com a delegação da 24ª Região Tradicionalista e registramos alguns momentos desta convivência. Ato de solidariedade com entrega de doações, convites à autoridades, olhares atentos às explanações das propostas, lembranças para a posteridade, foram alguns ‘retratos do tradicionalismo’, que deixamos como ‘recuerdos’ da Cultura Gaúcha, da Folha do Mate para prendas e peões de todas as gerações, mas também àqueles que têm nas mãos o poder de legar a estes jovens postura e compromentimento em suas entidades e regiões.
Pequenos gestos que se somaram, por meio de muitas mãos, vão amenizar alguns sofrimentos causados pela chuva, dos últimos dias. Foram dois carros da Defesa Civil com as arrecadações. Mas foi com gotas de água transportadas no bico, que o beija-flor disse estar fazendo a sua parte para apagar o fogo da floresta.







