‘Minha gaita conta a história’ é tema anual do Movimento Tradicionalista

“Minha gaita conta a história – A influência da gaita na construção da identidade do gaúcho”, será o tema norteador para as atividades do ano, no Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e suas entidades.

A temática leva assinatura de Andrei Caetano (3ª Peão Farroupilha do RS) e Daniel Muller Forrati (1º Guri Farroupilha do RS), integrantes do Centro de Tradição Gaúcha (CTG) Tio Bilia, de Santo Ângelo, 3ª Região Tradicionalista (3ª RT).

Objetivos

Conforme divulgado (site do MTG), no objetivo geral está: ressaltar a importância da gaita na construção da identidade do gaúcho.

Nos objetivos específicos estão:

  • Fomentar pesquisa sobre a origem do instrumento e seu histórico dentro do estado
  • Valorizar os trabalhos de Tio Bilia, Honeyde Bertussi e Pedro Raymundo como pioneiros na divulgação da gaita e da música gaúcha no geral
  • Incentivar a pesquisa do histórico dos gaiteiros em suas respectivas regiões, através de buscas bibliográficas e entrevistas com os próprios artistas, familiares e amigos, buscando resgatar a história que vive na memória destas pessoas
  • Tirar do anonimato gaiteiros com grandes contribuições para a cultura e que muitas vezes acabam sendo esquecidos e não obtendo o devido reconhecimento
  • Conclusão:
  •  Pode-se afirmar que a gaita, foi um dos agentes “aculturadores” que moldou em diversos aspectos o gaúcho que conhecemos até os dias de hoje, desde os trejeitos mais descontraídos, até o gosto por melodias mais introspectivas e reflexivas. Sendo assim, com a ideia de valorizar o instrumento e os instrumentistas que mantém viva a essência que personaliza o homem campeiro, e de forma ampla, do gaúcho, conto com o apoio e o voto dos senhores que carregam o poder do direcionamento do movimento, para alavancarmos com sucesso este projeto que vem amadurecendo há um bom tempo.

Engajamento da colunista

Com objetivo de contribuir com a temática e valorizar os artistas venâncio-airenses, de ontem e de hoje, esta colunista inicia uma pesquisa para construir a história daqueles artistas que deixaram o seu legado na Capital do Chimarrão.

Ao mesmo tempo, uma série de entrevistas estarão na pauta, durante o ano, com àqueles que continuam as suas trajetórias, incentivando as novas gerações. O material tem por objetivo deixar compilado os nomes destes venâncio-airenses, suas trajetórias, pertencimento e contribuição cultural, até nossos dias.

Todos os venâncio-airenses estão convidados a colaborar com memórias para um trabalho, que ficará à disposição das entidades tradicionalistas de Venâncio Aires e interessados.

Uma das motivações mais importantes para a construção da proposta deste tema foi a valorização daqueles que quebraram barreiras através da gaita para que a cultura gaúcha chegasse a pagos mais longínquos. Sendo assim, serão trazidos em evidência três dos principais responsáveis artistas que cumpriram este papel na construção e divulgação da música e da cultura gaúcha, sendo eles: Antônio Soares de Oliveira (Tio Bilia), que comemoraria em 2023 os sessenta anos do seu primeiro álbum, intitulado “Baile Gaúcho”, lançado em 1963, Honeyde Bertussi, o qual estaria, se vivo, completando 100 anos de vida em 2023 e ainda Pedro Raymundo, esse que nasceu catarinense e morreu como um dos gaúchos mais autênticos, o famoso gaúcho da era do rádio, ficando marcado pelo pioneirismo ao se apresentar devidamente trajado e tendo o seu sucesso “Adeus Mariana” completando 80 anos em 2023.” (texto reproduzido – site MTG)

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