No olhar terno da criança, imagens se refletem

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do MateEnquanto a palestra não começa, Eagro e Arthur conferem as planilhas
Eagro Müller e Arthur Ferreira, Guri Farroupilha do Chaleira Preta e o Piazito da 24ª Região Tradicionalista, antes da palestra 
Se o número no crachá os identifica, o olhar se dirige em uma mesma direção. Apesar da diferença etária – Piazito e Guri – em comum carregam as lições do passado, a certeza no presente e a esperança no futuro. Das raízes, a tradição que mora em seus corações. Nas mãos, folhas de papel que revelam as competições nos palcos da vida. Se para um, isto já começa a ficar claro, para o outro é um aprendizado que começa a se construir. São crianças e jovens desvendando caminhos de seus antepassados, ligados à tecnologia que não ‘se aparta’  e conecta seus mundos. Na liberdade da comunicação e o uso da linguagem sem repressão, aos guris e piás do mundo moderno não se dispensa a vivência e os valores da alma.  Estes, forjam o caráter no mundo globalizado, de milhares de gaúchos espalhados por todas as querências.

Antonio Alves Coruja, falou pela primeira vez em danças tradicionais no Rio Grande do Sul,  há 162 anos. Na terça-feira, 12, à noite, Rogério Bastos, contextualizou a temática “Eu sou do Sul”. Palestra que as gerações acompanharam, no CTG Pagos de São Rafael, em Cruzeiro do Sul. Foi lá que captamos as imagem, que encantam o olhar, mexem com o sentimento e inspiram às palavras. Ao mesmo tempo, tornam-nos ‘eternamente responsáveis por aquilo que cativamos” (Saínt Exúpery)

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do MatePalestrante Rogério Bastos, entre a vice-coordenadora Margarete Hammes, Cláudia Camilo e Vanuza Bussmann,
Historiador e Jornalista, Rogério Bastos, vice-coordenadora Margarete Hammes (esquerda), coordenadas de cultura da 24ª Região Tradicionalista, Cláudia Camilo e Vanuza Bussmann

Os tempos passaram, as pesquisas se aoerfeiçoaram, nas danças, na música, na poesia e no mundo das letras. Mas a essência permanece intrínsica entre os amantes de suas raízes. Embora, as competições nas pistas ganharam força, a busca pelo conhecimento continua a ser incentivada, aplaudida por muitos e, abraçada por jovens, que se desafiam entre os bancos escolares, os cursos profissionalizantes e os esportes. Um misto de sonho com vontade de vencer, ou vencer-se culturalmente. E, assim, entre a vivacidade infantil e juvenil vão se entreverando nos caminhos da liderança.

 No cenário, que cada um constroi, há coisas que não se mede. São as amizades conquistadas, as portas que se abrem e, o reconhecimento, nos gestos e atitudes. Aos mais velhos, o orgulho de “…se ver gerações convivendo na Santa Paz”. Ao mesmo tempo, o compromisso de se permitir servir de espelho, “sem atirar a primeira pedra”, pois nos caminhos da vida, há quem busque a paz.

Com certeza, em meio ao emaranhado de dúvidas, desafios e aprendizados, nossas crianças e jovens estão ávidos para alcançar, sonhos que não são nossos, verdades que podemos lhes oferecer e acima de tudo – um pouco mais de fé! Entrelaçados, chegaremos lá!

Eu sou do Sul “, é só olhar para o céu e ver[…]

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