O brinde hoje, vai lá para as Missões

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do MateMarioni Fischer de Melo, aniversariante do dia
Marioni Fischer de Melo, aniversariante do dia

Tempo e distância. Quem os inventou? Velhos conhecidos que carregam no ventre o fascínio, os mistérios e a essência. Bendito sois, por dar a cada espécie as particularidades que compõem a mística da vida. Brava guerreira, força da natureza que se intensifica e permite, a trote ou a galope, construir as múltiplas possibilidades de felicidade. Na mais pura forma de ser, envolve os seus filhos em um bailado que arranca das entranhas a razão única – supremacia absoluta – simples assim!

Das saias rodadas de armação, passadas e muito bem passadas, aos modelos elegantes e criativos usados atualmente, a guria cresceu e muitos trajes já vestiu. Nos palcos foi aplaudida e aplaudiu, nas pistas de dança, talvez tenha perdido a conta dos alunos que passaram por sua vida. Pelo crivo de sua avaliação, como mestre de dança, os detalhes não escapam.

Pelos caminhos da vida, já percorridos, em busca de sonhos e objetivos somam-se quilômetros. E há quilômetros de distância, também, fez sua morada. Criou asas, e ao lado do seu amado, histórias estão a escrever, em um canto que encanta e traz em suas profundezas as relíquias de um legado. 

Relembrar é muito bom. Homenagear é melhor ainda. As palavras, entretanto, podem não traduzir a mesma intensidade de um abraço. Pois, neste, se impregna a energia da troca. E, muitas vezes, deixamos passar a oportunidade de fazê-lo. Há que se agradecer, entretanto, aos benditos inventores das múltiplas plataformas de comunicação, que hoje me possibilita chegar a São Miguel das Missões e te homenagear, Marioni Fischer de Melo. Dia em que os anjos do céu choraram a sua partidade, alguns aninhos atrás. Mas, aqui na terra,  dona Iloni e seu Serafim deram graças por tua chegada. Mais tarde, e nem tanto assim, tive o privilégio de ter convivido com a tua graça, inteligência, determinação ‘que às vezes assustava’, o que somente se comprovou.

Foto: Arquivo pessoal / Folha do Mate
“…Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho”

Por tudo isto e muito mais, minha homenagem é para ti, guria! Que fostes plantar sonhos em outras querências, alimentar esperanças e traçar caminhos. No dia do teu aniversário, recebas o abraço do blog Cultura Gaúcha, e desta amiga que te admira por demais, com a música ‘Desgarrados’, de Mário Barbara e Sergio Napp.

 

“Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas

Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas,Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganasE são pingentes das avenidas da capitalEles se escondem pelos botecos entre cortiçosE pra esquecerem contam bravatas, velhas históriasE então são tragos, muitos estragos, por toda a noiteOlhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho

Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade Viram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais será

Cevavam mate,sorriso franco, palheiro acesoViraram brasas, contavam casos, polindo esporas,Geada fria, café bem quente, muito alvoroço,Arreios firmes e nos pescoços lencos vermelhos

Jogo do osso, cana de espera e o pão de fornoO milho assado, a carne gorda, a cancha retaFaziam planos e nem sabiam que eram felizesOlhos abertos, o longe é perto, oque vale é o sonho

Sopram ventos desgarrados, carregados de saudadeViram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais serámas o que foi nunca mais serámas o que foi nunca mais serámas o que foi nunca mais será

Eles se encontram no cais do porto pelas calçadasFazem biscates pelos mercados, pelas esquinas,Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganasArreios firmes e nos pescoços lencos vermelhosCevavam mate,sorriso franco, palheiro acesoFazem biscates pelos mercados, pelas esquinas,Geada fria, café bem quente, muito alvoroço,E são pingentes das avenidas da capital

Jogo do osso, cana de espera e o pão de fornoO milho assado, a carne gorda, a cancha retaFaziam planos e nem sabiam que eram felizesOlhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho

Eles se escondem pelos botecos entre cortiçosE pra esquecerem contam bravatas, velhas históriasE então são tragos, muitos estragos, por toda a noiteOlhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho

Sopram ventos desgarrados, carregados de saudadeViram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais serámas o que foi nunca mais serámas o que foi nunca mais serámas o que foi nunca mais será

Pois, a vida é um eterno recomeçar.

DESTAQUES

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