O conto da Bruna escrito à mão

Bruna Danielle da Fonseca, 11 anos, é estudante do 5º Ano, na Escola Zilda de Brito Pereira, do bairro Gressler. A estudante esteve entre os alunos que participaram das atividades da Semana Farroupilha realizadas na escola. No período, também, estava ocorrendo no educandário o projeto Folheando Incentivo à leitura em sala de aula, realizado pelo jornal Folha do Mate.

A convite da coordenadora do projeto, Jaqueline Caríssimi esta colunista esteve na escola, dia 19 de setembro, acompanhada de Marina Mayer, prenda da 24ª Região Tradicionalista 2018/19, e da coordenadora da Região – Luce Carmen da Rosa Mayer – conversando com os alunos sobre a coluna Cultura Gaúcha, algumas considerações sobre o tradicionalismo e os festejos farroupilhas. Mas também sobre experiência de vida. Foi entre as experiências relatadas, durante a prosa, que os alunos foram desafiados a escrever um conto ou poesia com palavras que mais lhes chamou atenção.

NA FOLHA DE CADERNO

No sábado, 28, durante o Folha Cidadania, na comunidade Santa Rita de Cássia, que se constituiu em ações para o encerramento do projeto, Bruna entregou-me uma folha de caderno dobradinha, dizendo: “Eu escrevi para a senhora. Vê se está certo?”.

Acompanhada da mãe, Iliane Argemira Fernandes, a filha de Jocemar da Fonseca, moradora da Linha Bela Vista destaca que gosta muito da Lingua Portuguesa e adora ler. Porém, a tutora da cachorrinha ‘Lola’, adotada da ONG Amigo Bicho, há dois anos, pensa em ser Veterinária.

SENSIBILIDADE

Embora seja cedo, ainda, para Bruna decidir a carreira para o futuro, o que é certo são os valores que a estudante impregnou na contextualização do seu conto. Com referência às palavras que mais lhe chamaram atenção, durante a fala desta colunista – honestidade e educação – foram valores que a menina destacou. Por outro lado, a perseverança para  nunca desistir dos sonhos e ajudar os amigos a realizarem os seus, foram valores que a estudante ressalta.

… Não deixe de ler…


BOMBACHA

(Autoria: Bruna Danielle da Fonseca)

Era uma vez um velhinho que tinha um filho chamado Pedro. Pedro tinha um sonho que era desfilar no dia 20 de setembro. Um certo dia, o velhinho que se chamava Júlio deu uma bombacha para seu filho desfilar. Quando ele recebeu a bombacha ficou muito feliz.

Pedro tinha um amigo chamado Carlos. E o maior sonho do seu amigo era também desfilar no dia 20 de setembro. Dias antes do desfile, o velhinho [pai de Pedro] teve um câncer e morreu. Pedro ficou muito triste, pois acabara de perder a sua mãe e agora o pai.

Pedro decidiu ir até o quarto do pai e encontrou uma carta que dizia: meu filho, nunca deixe de realizar seus sonhos, mas também de ajudar a realizar os sonhos de outras pessoas, pois você ficou feliz quando eu realizei o seu.

Pedro entendeu o que o seu pai quis dizer na carta e foi correndo na casa do seu amigo [Carlos] entregar a bombacha. Ele viu nos olhos do amigo como ele ficou feliz. Lembrou do seu pai e como ele ficaria feliz por aquela atitude. Pois sabia que, a maior herança que o pai havia deixado eram duas coisas – que ele levaria para a vida toda – que eram: a educação e a honestidade e, isso, é essencial para uma vida digna e feliz.

[…recortes]

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