Desafio dado é desafio cumprido”. Com este enunciado, professora Franciélle da Rosa nos enviou a redação feita com seus alunosdo 7º Ano, da Escola Professora Helena Bohm, de Vila Teresinha. O trabalho foi realizado, a partir da palestra que levamos à escola, juntamente com o Peão Farroupilha da 24ª Região Tradicionalista, João Antônio Freytag. Lá estivemos a convite da professora, durante a Semana Farroupilha.
Naquele dia, nos colocamos no lugar do)a) professor(a), por alguns minutos. Experiência impar. O grupo com seus ‘olhinhos’ atentos, pareciam viajar no tempo com nossas colocações. Retornamos com o sentimento de dever cumprido. Ao mesmo tempo, desafiamos os jovens a contar o que mais lhes tinha chamado atenção. Guardamos com carinho, a redação para esta data especial.
Neste dia dos professores, aproveitamos para registrar este carinho, a todos os professores que além de seus conteúdos se preocupam em levar a seus alunos um pouco mais da nossa cultura. Parabéns, Franciélle, em teu nome e de teus alunos – nosso abraço àqueles que nos proporcionaram chegar até aqui.
“Essa semana tivemos um momento muito especial na nossa escola: recebemos a visita da Beatriz Colombelli (mas nossa professora disse que ela é chamada de Tia Bea por toda a gurizada dos CTGs) e de um peão todo pilchado chamado João Antônio. Eles nos falaram sobre muitas coisas importantes da história da nossa cultura que não sabíamos.
Descobrimos que os CTGs não existiram sempre no Rio Grande do Sul. Essa parte da história teve início em 1947, quando um jovem chamado Paixão Côrtes, estudante do Colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, percebeu que estava sentindo muita saudade da sua terra natal e das coisas que podia fazer lá, mas não podia fazer na capital, onde estava morando, porque lá era considerada uma vergonha andar pilchado ou a cavalo. Com isso, Paixão Côrtes começou a falar com os colegas da escola que tinham o mesmo sentimento que ele, e então criaram o “Grupo dos 8”, com o objetivo de poderem “vestir suas bombachas” novamente.
Esses jovens, naquele mesmo ano, conseguiram falar com um Major para pegarem uma centelha do Fogo Simbólico da Semana da Pátria para acenderem, pela primeira vez na história, a Chama Crioula e comemorarem a Semana Farroupilha. De lá pra cá, acontece no Rio Grande do Sul uma grande comemoração na Semana Farroupilha, lembrando aqueles jovens que gostavam de andar a cavalo, laçar, dançar, declamar. Até hoje essa cultura é amada e perpetuada por todo nosso Estado e em vários lugares do mundo. Só em Venâncio Aires, são 12 entidades tradicionalistas que vivem e respiram essa cultura durante o ano inteiro, não só nessa semana.
Uma das coisas mais importantes que aprendemos nesse dia, é que essa Chama Crioula é apenas um fogo simbólico, que fica aceso durante uma semana do ano. A chama que é realmente importante, é a que arde no peito de todos os gaúchos, em todos os dias de suas vidas, quando respeitam os mais velhos, agem como pessoas de bem, são amigos, hospitaleiros e cantam seu hino com orgulho.
Nós queremos ser GAúCHOS de verdade, no sentido mais bonito dessa palavra!Alunos do 7º ano da EEEF Professora Helena Bohn