
Foto: Beatriz Colombelli / Folha do Mate
O grupo de tradicionalistas partiu de Encantado, no Vale do Taquari, na madrugada deste sábado, 4, passando por Lajeado e Venâncio Aires, e retornou na madrugada deste domingo, 5. Integrou a delegação, representantes dos CTGs, Sentinela da Tradição (Muçum), Tropilha Farrapa (Lajeado), Raízes do Sul (Lajeado), Anita Garibaldi (Encantado), Querência da Mata (Mato Leitão); DTG Piazito da Tradição, CPF Terra de Um Povo, Chaleira Preta, Piquete Machry (Venâncio Aires) e integrantes da Associação Tradicionalista Venâncio-Airense (ATVA).
Com objetivo de incentivo cultural, segundo o coordenador da 24ª RT, Flávio Antônio Rodrigues, o grupo foi recepcionados na Praça Pinheiro Machado, em Santo ângelo, pela guia Regional, Inês Fraton Koren, e pôde conhecer, na parte da manhã, o centro histórico da cidade, janelas arqueológicas da Catedral Angelopolitana, museu municipal, monumento ao índio e Memorial Coluna Prestes. à tarde, os tradicionalistas visitaram o Santuário do Caaró, em Caibaté, e o Sítio Arqueológico de São Miguel das Missões. Todos os locais históricos foram acompanhados de relatos pela guia de turismo. No patrimônio Mundial da Humanidade, os visitantes conheceram o museu de estatuária Missioneira com imagens feitas por padres jesuítas e índios Guaranis, durante o século XVII e XVIII. Para encerrar a visitação, o grupo ainda assistiu ao espetáculo Som e Luz com 48 minutos de duração, que conta a história da revolução guaranítica.

Atual Igreja Angelopolitana: Foi iniciada em 1929, no mesmo local em que foram construídas, outras duas igrjeas, conforme pesquisas arqueólogicas. Escavações em torno da Catedral e na Praça Pinheiro Machado demonstraram a existência de inúmeros materiais utilizados no tempo da redução jesuítica. Além disso, foi descoberto parte do piso da redução.Ao redor da atual igreja há um museu ‘A céu aberto’, que conta e apresenta restos desta história, com fragmentos de pisos e edificações.

Santuário de Caaró: Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e São João de Castilhos. Os três foram mortos em 1628. O Santuário do Caaró fica a 25 quilômetro de São Miguel das Missões, em terras do município de Caibaté e é considerado o local onde dois dos três padres Mártires das Missões foram mortos. Na redução de Assunção do Ijuí foi morto o Padre João de Castilhos. No local a fonte que termina em meio à mata tem sua água considerada milagrosa. Peregrinações e procissões são realizadas no local com a Via Sacra ao ar livre. Na fonte, a água, considerada milograsa, atrai turistas do mundo inteiro para pedidos e agradecimentos de milagres. O local também reúne grupos para retiros espirituais.

Ruínas de São Miguel Arcanjo: Principal redução jesuítica, cuja igreja foi construída em 1745, e qu possuía três naves com cinco altares dourados, com uma torre contendo cinco sinos. Pela sua importância histórica, foi tombada pela Unesco, por ser considerada Patrimônio da Humanidade. Com sua imponência é um convite à meditação sobre sua construção, fortaleza, e à inteligência do povo que a construiu durante dez anos com pedra sobre pedra.

Museu das Missões: São quase cem peças de diversos estilos, reunidas num prédio que imita uma das habitações dos missioneiros, com seus avarandados e telhas de barro. Foi projetado por Lúcio Costa. O Museu é hoje um marco que contém a mais rica coleção pública de imagens de rara beleza, recolhida por João Hugo Machado entre 1939 e 1940. As imagens variam de tamanhos, indo de 15 cm a 2,20 m. Atualmente é protegido pelo IBRAM. No local, artesanto indigena e familias que comercializam sua arte.
Som e Luz: Criado em 1978, pelo Governo do Rio Grande do Sul, trata-se de uma narrativa da história das Missões Jesuítico – Guarani contada através de efeitos de som e luzes. Narra em 48 minutos o nascimento, desenvolvimento e o fim da civilização criada no Rio Grande do Sul por padres jesuitas e indios guaranis. Texto e roteiro de Henrique Grazziotin Gazzana e as vozes de Lima Duarte, Paulo Gracindo, Armando Bógus, Fernanda Montenegro, Maria Fernanda, Juca de Oliveira e Rolando Boldrin.

A primitiva redução de São Miguel Arcanjo foi fundada em 1632, pelo Padre Cristóvão de Mendonza à margem direita do Rio Ibicuí.
