Sócio-fundador do Centro de Tradição Gaúcha (CTG) Querência do Arroio do Meio, de Arroio do Meio, a presidente do Conselho de Ética da 24ª Região Tradicionalista (24ª RT), José Adair da Silva, completou 71 anos, na quarta-feira, 21 de novembro. Comprometido com o movimento organizado desde 1984, seu Adair, como os tradicionalistas, respeitosamente lhe chamam, também é um poeta.

Embora destaque que, apenas “brinca e rabisca” no seu passatempo diário. Entretanto, destas ‘brincadeiras’, o gaúcho já registrou 340 letras, porém sem a pretensão de comercializar. Somente, tem por objetivo, homenagear fatos e feitos da tradição, amigos de caminhada, e os aprendizados de sete décadas.

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do MateJosé Adair da Silva é um poeta por vocação
José Adair da Silva é um poeta por vocação com 340 versos “rabiscados”, como ele considera as poesias

INSPIRAÇÃOQuando perguntado sobre o que lhe move a escrever, conta que o imaginário, o sentimento, o saudosismo, o urbano, o peão e a prenda, entre outros, são as fontes de inspirações. ” Letras que me fizeram vivências de mundo, viver o presente e simular algum futuro, sempre calçado no respeito pela vida. Retorno há tempos que se foram e deixaram alguns rastros para marcar a minha história”, destaca. Seu Adair acrescenta, que faz pelo prazer de escrever, não por interesse comercial e nem por se achar um poeta. Entretanto, modéstia à parte, o gaúcho segue a cada dia imbuído desse sentimento.

[…] ”Como foi bom eu ter nascido nesse EstadoMe criei sem saber bem o que a história dizMas aprendi muito com um monte de genteE hoje eu sou um homem muito, muito feliz.”20 de setembro um marco indiscutível. Autoria: José Adair da Silva

Pelos caminhos da vidaCasada há 43 anos com Noelci Helena Machado da Silva, seu Adair é pai de Ricardo Adairan das Silva e Joselena Tainê da Silva, avô de Julia Stein e Gabriela Stein. Tem como formação o ensino Médio e o curso Técnico em Segurança Pública. Ele que nasceu em Restinga Sêca, há 40 anos mora em Lajeado. Presença constante nos Encontros de Patrões, eventos regionais e estaduais, foi durante a última Inter-regional do Enart, em Lajeado, que a ‘prosa’ com este tradicionalista, foi de ‘fundamento’. Para começar, o gaúcho já vai dizendo, com orgulho, que tem a idade da Chama Crioula.

PROSEANDO COM SEU ADAIR:

Foto: Beatriz Colombelli / Folha do Matexx

Colunista: nesta caminhada, quais os cargos junto a entidades e Região:José Adair da Silva: junto a entidades, fui capataz das falas, sota-capataz e o 2º patrão de entidade. Já fui patrão também do CTG Bento Gonçalves, de Lajeado; capataz das falas do CTG Estrela do Rio Grande, de Estrela. Na Região, já fiz parte da Comissão de Ética, fui sota-capataz, agregado das pilchas e vice-coordenador.

Atualmente, a qual entidade pertence e cargo na Região:Pertenço ao CTG Tropilha Farrapa, de Lajeado, e faço parte do Conselho Fiscal da mesma. Na Região sou presidente da Comissão de Ética e também o responsável pelas filiações de entidades tradicionalistas.

Sua trajetória no MTG: A nível de MTG, fui conselheiro titular, por oito anos, e por três anos fui responsável pelas atas do Conselho Diretor e durante cinco anos fiz parte do Conselho de Ética Tradicionalista. Fui vice-presidente do Congresso Tradicionalista, em Santa Maria e também vice-presidente administrativo por 45 dias, na gestão de Erival Bertolini.

A importância do tradicionalismo em sua vida:Essa ligação com o Movimento Tradicionalista organizado me fez crescer mais como pessoa, como ser humano mais consciente. Fez de mim um homem mais responsável com a nossa cultura rio-grandense, mais responsável com a vivência tradicionalista, principalmente passando para os mais novos a nossa experiência, galgada na essência do verdadeiro Movimento. Fez também com que eu carregue comigo um pouco dessa filosofia para os meus dias.

Na sua visão, a evolução do Movimento e as expectativas para os próximos 50 anos:Entendo que o nosso Movimento não deve ser mexido nunca na sua causa pétrea, deve sim é ter capacidade para assimilar as mudanças que existe no mundo moderno, sem esquecer de resgatar e preservar o que é somente nosso.

“Fácil é resgatar, difícil é preservar e criar, aí que entra a capacidade de cada tradicionalista, assim ultrapassaremos muitos 50 anos.” 

José Adair da Silva – tradicionalista (24ª RT)

Foto: arquivo pessoal / Arquivo pessoalxx
José Adair, Noelci Helena Machado da Silva, Ricardo Adairan das Silva e Joselena Tainê da Silva