O título de autoria do gaúcho Rogério Bastos permanece neste post, pois seu significado é bastante amplo para quem vive tão distante deste torrão gaúcho. E foi lá, em Dongguan, na China, que o jornalista, escritor e tradicionalista Bastos tentou traduzir o ‘Tchê’ em mandarim ao visitar os nossos irmãos da tradição do Rio Grande do Sul, do Piquete de Tradições Gaúchas (PTG) China Véia.
Ele é também o primeiro coordenador da 40ª Região Tradicionalista que integra Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), de outros estados e países e viajou para o país asíatico no dia 9, levando seus conhecimentos aos integrantes do PTG China Véia. A cidade de Dougguan é considerada uma colônia brasileira de trabalhadores do Vale do Sinos que se mudaram a trabalho por conta do ramo do couro. Segundo divulgado pelo MTG, cerca de 2.500 pessoas vivem nesta colônia, sendo cerca de 90% brasileiros.
A entidade tradicionalista foi fundada em 2012, e teve a filiação, efetivada, junto ao Movimento Tradicionalista Gaúcho/RS, no dia 21 de março, quando o patrão Crodoaldo Batista de Araújo, acompanhado da esposa Tatiane Klaus de Araújo, para receberem a carta de autorização, das mãos do presidente do MTG, Nairioli Callegaro.
Com objetivo de amenizar a saudade do torrão gaúcho e cultivar as tradições, em parceria com um hotel eles conseguem promover seus eventos maiores, sempre com a permissão do governo Chinês.
Por Rogério Bastos
Um dos salões de festas do Hotel Tangla Internacional, em Dongguan, na China, completamente decorado, com motivos campeiros, serviu de galpão para o baile organizado pelo PTG China Véia.
A noite do dia 12 de novembro ficará gravado na história chinesa, quando dois grupos de músicos do Rio grande do Sul subiram ao palco para animar a maior festa tradicionalista da ásia. Casais com seus filhos, brasileiros, chineses, americanos, entre outras nacionalidades iam ocupando as mesas no salão principal. Um fotógrafo, em um canto temático, registrava a presença das pessoas que, ao final, recebiam impressa a fotografia. Um regalo para que o visitante não se esquecesse do anfitrião. Edson Dutra, Ita Cunha e seus músicos ficaram a disposição para fazer o registro com os visitantes.
A patronagem ficou atenta até os últimos detalhes antes da abertura oficial do evento. Foi neste momento que foi falado sobre a origem do tradicionalismo gaúcho, o diploma João-de-Barro, a bandeira e o troféu do Cinquentenário do MTG, pelo Coordenador da 40ªRT, Rogério Bastos. Em um telão passaram as mensagens do presidente do MTG, Nairo Callegaro e do presidente da Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha (CBTG), João Ermelino de Mello.
Luis Felipe Scolari, o Felipão, sua esposa, dona Olga e seu amigo Murtosa, acompanhado da esposa, chegaram cedo no baile e ficaram até o final. Segundo os organizadores, 412 ingressos (limitados) já estavam vendidos há mais de duas semanas. Ao final do baile, aconteceu o momento mais emocionante. Edson Dutra convidou a todos para cantar um hino: De Victor Matheus Teixeira, o Teixeirinha, ‘Querência Amada’. A música levou a maioria dos que estavam ali às lágrimas.
O mate de domingoApesar de ter saído no final do baile, Felipão retornou na manhã de domingo para matear com membros da patronagem do PTG e os artistas convidados. Passou a manhã conversando sobre o Rio Grande do Sul, contando piadas, mateando e se divertindo com os amigos. Churrasqueou, ao meio dia, e permaneceu até metade da tarde, quando voltou para Guangzhou, onde treina o Evergrande Taobao Futebol Clube.