Entre chegadas e partidas abre-se o ‘baú de memórias’, e dele os sonhos e as lembranças. Na 45ª Ciranda Cultural de Prendas e 27º Entrevero Cultural de Peões, fase regional, teve um pouco de tudo isto. Momentos de nervosismo, choro, abraços, doces lembranças e também obstáculos vencidos. As metas nesta nova caminhada foram alcançadas por um grupo. Para outros, não foi desta vez. Por outro lado, em cada olhar um sentimento de dever cumprido, nesta etapa. àqueles que se despediram deixaram uma página escrita na história cultural da 24ª Região Tradicionalista, e um novo ciclo recomeça.
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O concurso que se resolve no detalhe, por vezes, são tão parelhos que a própria comissão avaliadora acha que não pode ser verdade. Mas é. Os meses de estudo, as atividades e a vontade de conquistar uma faixa ou crachá – vai além da nossa compreensão – enquanto profissional do meio de comunicação. Entretanto,como amante da tradição – de longa data – chamo a isto de sentimento atávico, ou seja, vive-se, não se explica. Embora, neste fim de semana pude constatar que talvez, este sentimento para muitos está se transformando, por conta do número reduzido de entidades participantes.
Acredito que ainda, haverá um tempo em que as pessoas vão dar mais valor a este trabalho cultural. Há que se fazer alguma coisa. Pois vejo, que muitas entidades estão ausentes, e isto preocupa. Do ponto de vista matemático não tivemos 20 por cento de adesão ao concurso, neste fim de semana, em Venâncio Aires.
Penso que devemos ir em busca das causas que afastam tantas entidades da base do Movimento Tradicionalista Gaúcho, que são as suas raizes. Uma história que vai além do próprio movimento – uma história de vida, de lutas e conquistas – que nos foram legadas. Atualmente, entrelaçadas às novas tecnologias, temos mais possibilidades no mundo da comunicação, da divulgação e isto está acontecendo.
Acredito que a nova gestão, realmente, terá pela frente muito trabalho. Acompanhados pelo casal de padrinhos Joelsi e Mariele Ferreira e as coordenadoras culturais Vanuza Bussmann e Cláudia Camilo, o grupo tem o incentivo e o apoio do coordenador Flávio Antonio Rodrigues, a exemplo daqueles que já passaram por estes caminhos, ele mesmo disse que se rendeu aos encantos deste departamento. Portanto, é hora de aproveitar o apoio e a dedicação. Há que se envolver e dar-se às mãos para engrandecer ainda mais, este meio que respira sonho, forma lideres, profissionais bem-sucedidos. é fato.
Quem sabe… não é chegada a hora de rever alguns valores – sem esquecer daqueles que não venceram desta vez, mas que foram companheiros de caminhada. Em comum todos buscaram um objetivo: o amor pela tradição, o compromisso em divulgar a cultura e as suas entidades. Muito conhecimento ficou armazenado nestes jovens que poderão dar a sua contribuição, apoiando a gestão atual, realizando atividades paralelas, para não se afastarem, bem como a gestão que se despediu… e juntos criarem mecanismos para atrair outros jovens. Para encerrar sirvo-me do pensamento da 2ª Prenda gestão 2013, Bruna Hickmann e sua despedida:
Um sonho que se sonha só, é so um sonho, mas o sonho que se sonha junto, torna-se realidade.
