Arquitetura monumental em Minsk

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalInverno em Minsk significa muita neve e frio congelante
Inverno em Minsk significa muita neve e frio congelante

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Majestosa Minsk. Desde a primeira vez que pisamos em solo bielorrusso em agosto de 2013 fiquei surpreendida com o país, especialmente a capital Minsk onde fixamos residência desde então. A capital da Bielorrússia é bem diferente das capitais de outros países que faziam parte da União Soviética. Minsk é majestosa e envolta por uma atmosfera vaporosa. Minsk exala grandeza ao longo de suas largas avenidas – que podem ser comparadas às famosas boulevards de Paris- e que percorrem a cidade em todos os sentidos, emolduradas por fachadas arquitetônicas antigas e palacetes imponentes.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalProjeto urbanístico de Mink garante organização e trânsito sem engarrafamentos
Projeto urbanístico de Mink garante organização e trânsito sem engarrafamentos

De certa maneira as construções do centro de Minsk me fazem lembrar a arquitetura da Itália permeada pela grandiosidade romana. Aqui, no entanto, a grandeza romana é substituída pela ostentação russa, estampada em cada esquina da capital bielorrussa. Seja pela arquitetura stalinística de concreto cinza, linhas retas e janelas simétricas ou nas construções clássicas, Minsk foi moldada com base nos valores russos. Esta arquitetura monumental é regimentada pelo poder e vincula a ideia de prosperidade às construções imponentes. Aqui as colunas de concreto valem mais (muito mais!) que a expressão humana.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalBielorrussos aproveitam o largo da praça congelado para jogar hóquei no gelo (inverno 2014)
Bielorrussos aproveitam o largo da praça congelado para jogar hóquei no gelo (inverno 2014)
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalarquitetura stalinistica domina na praça da Independência
arquitetura stalinistica domina na praça da Independência

A exemplo das capitais vizinhas, Minsk foi totalmente destruída durante a 2ª Guerra Mundial e reconstruída mais tarde de maneira colossal durante o período em que fazia parte da União Soviética. Restam algumas poucas construções originais do século XIX no centro antigo e que vêm sendo restauradas nos últimos anos. A cidade inteira resplandece à noite quando as prodigiosas edificações recebem iluminação especial, criando um espetáculo fantástico e estrelado.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalAqui não existe liberdade de imprensa. Prédio da televisão estatal no centro de Minsk
Aqui não existe liberdade de imprensa. Prédio da televisão estatal no centro de Minsk

Turismo pouco explorado

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalDurante o outono os parques de Minsk se transformam num espetáculo de cores
Durante o outono os parques de Minsk se transformam num espetáculo de cores
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalGorky Park
Gorky Park

Enquanto os três países bálticos que fazem fronteira com a Bielorrússia investem na indústria do turismo atrainda cada vez mais visitantes europeus e americanos, Minsk é uma capital pouco explorada pelos turistas, por diversas razões. Entre elas, a falta de investimento do governo bielorrusso no setor e dificuldade de entrada no país àqueles residentes na Europa com exigência de visto, pontuado por procedimentos burocráticos. O país vive sob um regime autoritário, sem liberdade de expressão, e onde o controle estatal ainda impera, como nos tempos de comunismo. Este sistema fechado acaba afastando os turistas. A cidade e sua população, no entanto, têm tanto a oferecer. E nada melhor do que caminhar pelos parques atravessando pequenos bairros para conhecer os mistérios de Minsk.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalBiblioteca nacional
Biblioteca nacional
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalFachadas na parte antiga da capital estão sendo restauradas
Fachadas na parte antiga da capital estão sendo restauradas

Entre blocos de apartamentos da era soviética vamos desbravando o subúrbio da capital. Por aqui não faltam testemunhas do regime comunista, desde a tipografia nas paredes até as lojas sem vitrines, com prateleiras repletas de quinquilharia e que ainda mantêm a mesma decoração esdrúxula de décadas passadas. Estes locais são uma amostra do cotidiano dos bielorrussos que continuam a viver, aparentemente felizes e satisfeitos, no tempo passado. à primeira vista as grandes construções de Minsk determinam o desenvolvimento do país e parecem ofuscar o passado turbulento. No entanto, os sinais e símbolos da era comunista permanecem intactos, por todo canto. E para mim, este é mais um motivo para explorar esta cultura interessante.

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalSímbolo do comunismo muito presente nas construções de Minsk
Símbolo do comunismo muito presente nas construções de Minsk
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalA maioria das construções no centro antigo são sedes de embaixadas ou instituições governamentais bielorrussas
A maioria das construções no centro antigo são sedes de embaixadas ou instituições governamentais bielorrussas

Minsk consegue amalgamar este paradigma histórico. De um lado janelas e fachadas adornadas com desenhos e esculturas da foice e martelo eternizam a ideologia comunista. Do outro, prédios envidraçados, modernos e exponentes transportam ao mundo atual. Minsk é assim, majestosa e intrigante. Minsk é limpa, arejada e sem aquele trânsito infernal geralmente associado às grandes capitais . é praticamente uma capital isenta de criminalidade (provavelmente devido ao regime ditador..). Além de oferecer segurança conta também com muitos parques e áreas arborizadas e que são muito bem usufruídos, principalmente no verão. é uma capital provinciana em seu modo de viver, culturalmente muito diferente do Brasil, mas plena de atrativos! E para os brasileiros interessados em desbravar o território, uma notícia alentadora! Em breve cidadãos originários das terras tupiniquins não precisarão mais de visto para entrar na Bielorrússia. Venha nos visitar, Minsk lhe aguarda!

Foto: S S Beglin / arquivo pessoalMinsk no verão é vibrante, muita gente na rua, fazendo piquenique ou se refrescando nos chafarizes e lagos
Minsk no verão é vibrante, muita gente na rua, fazendo piquenique ou se refrescando nos chafarizes e lagos
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalOlha eu ai, no terraço da biblioteca nacional no inverno passado
Olha eu ai, no terraço da biblioteca nacional no inverno passado
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalPrédio do Congresso Nacional na praça da Independência
Prédio do Congresso Nacional na praça da Independência
Foto: S S Beglin / arquivo pessoalPanorama da colina da Trindade
Panorama da colina da Trindade
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