A prestigiosa Academia Real de Artes de Londres recentemente abriu suas portas para uma mostra vibrante e cativante intitulada “Brasil! Brasil!, the Birth of Modernism” (em português,Brasil! Brasil! O Nascimento do Modernismo) .” Isso mesmo, Brasil na grafia portuguesa e em dose dupla para chamar a atenção dos ingleses. Na última semana visitamos a capital britânica para conferir de perto a nova exposição com cheiro das terras tupiniquins. A mostra reúne uma coleção incrível com 130 obras de dez artistas brasileiros da velha guarda do modernismo, atuantes entre 1910 e 1970.
No acervo contemplamos peças de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Lasar Segall, Rubem Valentin, Djanira da Motta e Silva, Alfredo Volpi, Geraldo de Barros entre outros. Grande parte destes artistas plásticos tiveram passagens pela Europa durante o período pós Primeira Guerra Mundial viajando ou estudando uma temporada nas academias de arte europeias. E assim absorveram ideias e técnicas que resultaram no Modernismo Brasileiro retratando questões de ordem social através da arte.
A exposição situada no coração londrino é uma tapeçaria vívida da cultura brasileira bem colorida. As obras capturam a essência da nossa nação, profundamente entrelaçada com seu passado colonial, plantações de café, bananais, herança indígena, migração rural além das influências das tradições africanas e europeias no nosso país. Pelos salões requintados da Academia de Artes londrina contemplamos um pedacinho da riqueza artística brasileira formando um banquete visual recheado de calor tropical em pleno inverno europeu. Uma mescla de cubismo, futurismo, expressionismo e surrealismo nos transportam a imagens que eu nunca tinha visto ao vivo. A maioria das obras vem de coleções particulares brasileiras raramente vistas, bem como de coleções públicas brasileiras, a maioria das quais nunca foi exposta no Reino Unido.A mostra retrata um conjunto excepcional de obras emblemáticas do modernismo brasileiro.
Brasil! Brasil! O Berço do Modernismo permanece aberta até 21 de abril, na capital britânica. Vale à pena visitar!
