A viagem de férias com a família pelos países bálticos durante o final de julho e início de agosto foi inesquecível. Foi uma daquelas viagens que ficará pra sempre na memória e que já deixa saudade. Acompanhada pela minha família e a da minha mana Sandra, passamos três semanas curtindo a Letônia, Lituânia e Estônia além de conhecer a Finlândia. Este pequeno país localizado no norte da Europa, foi considerado o país mais feliz do mundo pelo sexto ano consecutivo em 2023, segundo o relatório global sobre felicidade. Para aqueles acostumados aos dias ensolarados dos trópicos, é quase impossível de acreditar que alguém vivendo sob temperaturas negativas durante quase seis meses sinta-se alegre e satisfeito. São vários fatores, no entanto, que deixam os finlandeses mais felizes do que o resto do mundo, entre estes encontram-se – viver num país com a menor desigualdade de renda, altos níveis de assistência social, segurança, baixos níveis de corrupção e alto nível de educação educação além da natureza abundante.
Nosso passeio à Helsinque iniciou em Riga, capital da Letônia e onde moramos atualmente, viajando de carro até Tallinn, capital da Estônia e de lá continuamos para a Finlândia. Com uma população de 5 milhões e meio de pessoas, a Finlândia é banhada pelo mar Báltico e conta com milhares de ilhas. Nossa viagem ao país foi com um navio moderno e gigantesco, que saiu de Tallinn, atravessando o golfo da Finlândia, até chegar no porto de Helsinque. A bordo do navio de quatro andares, com várias cabines, salões confortáveis, restaurantes, bares, salas de jogos e lojas de free-shop nem sentimos passar as duas horas de travessia pois nos divertimos fazendo compras, contemplando a vista maravilhosa do decking. Além de tudo, aproveitamos para experimentar a gastronomia e delícias norte-europeias.
Situada a 400km de Estocolmo e 300km de São Petersburgo, Helsinque é uma capital moderna, com avenidas limpas e movimentadas pelo transporte de bondes, indo e vindo, atravessando a cidade inteira. Ao chegar no porto da capital finlandesa nos surpreendemos com a organização e estrutura do Terminal. A impressão era de estarmos num saguão de aeroporto com entradas através de código QR e tudo muito bem sinalizado além de vários ambientes de espera e praça de alimentação. Pegamos o bonde número 7 no Terminal e seguimos ao centro da capital. Em menos de 10 minutos chegamos na estação central. Dali nosso passeio pela capital foi à pé, contornando as elegantes avenidas.
A arquitetura de Helsinque é marcada por palacetes majestosos que remetem aos anos de 1800 e muitos palácios construídos nas primeiras décadas de 1900 criando uma mistura de estilo clássico e moderno. A estação de trem, considerada uma das mais lindas do mundo, é um exemplo típico do charme moderno do século passado que a capital transpira. Na praça do Senado, no coração do centro histórico, reina imponente a catedral luterana de Helsinque e um dos pontos mais visitados da cidade. Projetada pelo arquiteto Engel, a construção levou mais de três décadas para ser concluída, entre 1818 e 1852. Mais adiante, à beira do mar na feirinha, nos deliciamos com os sabores da culinária local destacando muitos pratos de salmão. Ao caminhar por Helsinque nesta segunda-feira ensolarada por vezes nos sentimos em Viena ou Paris com as avenidas emolduradas por magníficos palacetes e recortadas por lindos jardins e pelo parque Esplanada, no centro da cidade. Neste espaço verde histórico, os gramados ficam tomados de gente esparramada, curtindo a temperatura agradável de verão. Nesta época as apresentações ao ar livre são a grande atração da cidade e o país inteiro curte a luz intensa dos longos dias da estação do calor. Nossa viagem aos países bálticos terminou com chave de ouro, com um jantar maravilhoso em família, a bordo do navio de volta a Tallinn, contemplando o pôr-do-sol nas águas plácidas do mar Báltico.
