Cercado por largas avenidas de árvores viçosas, no meio do verde e ornamentado por jardins deslumbrantes nesta época de verão, encontra-se o imponente Palácio de Kensington, no centro de Londres. Localizado no oeste do Hyde Park, o palácio da família real foi aberto ao público pela primeira vez no aniversário de 80 anos da rainha Victoria, em 1899, e desde então é uma das atrações turísticas londrinas mais visitadas, além de continuar a ser residência oficial dos membros e familiares da coroa britânica. Entre os nobres residentes ao longo dos anos, destaca-se a princesa Diana durante os anos 80 e 90. Foi enquanto morava nesta magnífica mansão que ela se tornou a “princesa do povo”, cativando o coração de todo mundo.
Depois de mais de um ano fechado devido à pandemia, o palácio está agora aberto para visitação pública. O número de visitantes é limitado e os bilhetes devem ser comprados e agendados online. O palácio é dividido em três percursos de visitação, retratando 300 anos da história da monarquia britânica. De um lado pode-se conhecer os magníficos aposentos dos reis George I e George II e da rainha Anne, passando pela famosa escadaria adornada por murais divinos do artista e arquiteto William Kent . Cada aposento transpira luxo e opulência com decoração pesada, papel de parede sombrios e mobiliário que nos faz viajar no tempo. Desde a reabertura, o palácio apresenta uma nova exposição de moda que inclui o ícônico vestido de casamento da princesa Diana.
A história do Palácio de Kensington remonta ao século XVII tendo sido palco de muitos dramas da monarquia britânica, como a morte repentina da rainha Mary II logo depois de ter se mudado à nova morada. Esbanjando arquitetura clássica de 300 anos atrás, a majestosa construção era originalmente uma mansão particular, numa região considerada rural na época, que foi adquirida pelo rei William em 1689. Foi aqui que nasceu e cresceu uma das monarcas mais importantes da história britânica, a rainha Victoria (1837-1901). E foi neste mesmo palácio, entre 1981 e 1997 que a Lady Di viveu seu casamento falido com príncipe Charles, criou os dois filhos e permaneceu até sua morte prematura, em agosto de 1997, vítima de um acidente de carro em Paris.
Durante seus 36 anos de vida, Lady Di construiu um legado incontestável. Ela quebrou protocolos dentro da família real e usou sua imagem para ajudar os menos favorecidos e marginalizados pela sociedade. Seus projetos filantrópicos transformaram comunidades inteiras na África e em todo mundo. Sua marca vive até hoje através do trabalho de várias fundações que atuam em projetos humanitários mundo afora. Diana tornou-se tão adorada pelo seu carisma, vida e trabalho que passou a ser o centro de atenção da imprensa de todo mundo. Na época em que sequer existia internet ou mídia social, a princesa do povo foi uma influenciadora categórica, inspirando gerações, destacando-se na história por sua personalidade cativante e ações altruistas.
Para marcar o trabalho benevolente realizado pela princesa Diana, no dia 1º de julho, quando a princesa estaria completando 60 anos, foi inaugurada uma estátua em sua homenagem no jardim rebaixado do Palácio. A estátua foi produzida pelo escultor Ian Rank-Broadley e mostra a princesa vestindo roupa casual, acompanhada por três crianças, representando seu trabalho ao próximo. Encomendada em 2017 pelos filhos, príncipe William and príncipe Harry, a estátua foi inaugurada por eles no dia do aniversário da princesa. O jardim rebaixado do palácio era um dos favoritos de Diana e nos últimos anos foi remodelado com canteiros de flores brancas para reverenciar a eterna princesa.