Viagem das amigas: um passeio em Helsinque

“Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito”…, o refrão da música de Milton de Nascimento fazia parte das cantorias em rodas de amigos no final da década de 80 e nos anos 90 e continua até hoje representando a amizade duradoura entre cinco amigas de Venâncio Aires. Nos conhecemos desde a infância, participamos dos clubes de serviços Interact e Rotaract, debutamos na Sociedade de Leituras, jogamos vôlei juntas.Vivemos nossa juventude de ouro na tranquilidade da capital do chimarrão, batendo papo na praça da Matriz, dançando nas boates e pulando carnaval de salão. Eu, Lise, Gê, Ieda e Nádia crescemos e nos divertimos juntas até cada uma tomar seu rumo. Umas casaram cedo enquanto eu fui me aventurar para Inglaterra e mais tarde a Nádia também viveu sua experiência na terra da Rainha. Mais de quarenta anos se passaram e tantas mudanças na nossas vidas já aconteceram, mas a nossa amizade continua intacta.

Durante duas semanas, revivemos os velhos tempos, selamos nossa afinidade viajando pelos países bálticos e a Finlândia. Partimos de Vilnius, capital da Lituânia, para Riga, na Letônia e de lá seguimos para Tallinn, capital da Estônia e depois visitamos a Finlândia. Com uma população de 5 milhões e meio de pessoas, a Finlândia está localizada no norte da Europa, e tem um passado marcado pela ocupação russa. Nossa viagem ao país foi com um navio moderno e gigantesco, que saiu de Tallinn, atravessando o mar Báltico, até chegar no porto de Helsinque. A bordo do navio de quatro andares, nem sentimos passar as duas horas de travessia pois nos divertimos fazendo compras na loja de duty-free e aproveitando os bares e restaurantes para experimentar as delícias norte-europeias.

Cinco amigas defronte a catedral de Helsinque

Situada a 400km de Estocolmo e 300km de São Petersburgo, Helsinque é uma capital moderna, com avenidas largas e movimentadas pelos bondes indo e vindo. Ao chegar no porto da capital finlandesa nos surpreendemos com a organização e estrutura do terminal. A impressão era de estarmos num saguão de aeroporto com entradas através de código QR e tudo muito bem sinalizado além de vários ambientes de espera e praça de alimentação. Pegamos o bonde número 7 no terminal e seguimos ao centro da capital. A arquitetura de Helsinque é marcada por prédios dos anos de 1800 e muitos palácios construídos nas primeiras décadas de 1900, uma mistura de estilo antigo e moderno. A estação de trem, considerada uma das mais lindas do mundo, é um exemplo típico do charme moderno que a capital transpira. Na praça do Senado, no coração antigo da capital, reina imponente a catedral de Helsinque. Projetada pelo arquiteto Engel, a construção levou mais de três décadas para ser construída, entre 1818 e 1852.

Nossa visita à Helsinque foi além de um passeio aleatório no velho continente, pois foi marcada por momentos de grande emoção. Depois de trinta anos reencontramos com a querida amiga Anna Kelho. Em agosto de 1992 Anna viajou para o Brasil para fazer um intercâmbio rotário. Aos 17 anos, ela saiu do interior da Finlândia, sem falar português, para viver um ano na América do Sul, mais precisamente, em Venâncio Aires! E foi assim que conheci a Anna, através das atividades do Rotaract e do Rotary naquela época. No dia do seu aniversário, Anna nos acolheu em Helsique e nos mostrou um pouco da cidade, contando sobre a história da país. Um encontro e passeio inesquecíveis demonstrando que a amizade verdadeira sempre supera o tempo e a distância. A amizade é um amor que nos permite voar e retornar como se o tempo não tivesse passado.

Bonde, meio de transporte muito usado em Helsinque

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