O chimarrão é uma bebida característica do sul do Brasil. Faça chuva ou faça sol, ele está presente no nosso dia a dia. Além de ser rico em vitaminas e minerais, o chimarrão é o símbolo da cultura gaúcha, nosso parceiro para todas as horas. Neste sentido, eu gostaria de compartilhar com vocês uma experiência recente minha com o chimarrão.
Na última semana, enfrentei o maior frio da minha vida até então, durante a minha estadia no Canadá. Com temperaturas chegando a -30o C, o chimarrão esteve sempre ao meu lado. Por aqui, a recomendação é ficar em ambientes fechados, pois o sistema de calefação funciona muito bem. No entanto, tal recomendação é praticamente inviável quando o frio se prolonga por dias.
Temos que recorrer, portanto, a roupas de inverno e a bebidas quentes, como o chimarrão. No entanto, quem mora no exterior muitas vezes também se depara com um outro problema, além do frio: o tipo de erva-mate. Para nós, um bom chimarrão precisa ter o sabor de erva-fresca característico. Muito diferente da erva utilizada no mate argentino e uruguaio que possuem uma granulometria maior e diferentes proporções de folhas e galhos em sua composição.
Após certa procura, consegui encontrar nossa erva-mate moída grossa tradicional, justamente com outra gaúcha que revende produtos brasileiros no exterior. A espera valeu a pena. Nada melhor que cevar um bom e saboroso mate, ainda mais quando o frio é de renguear cusco literalmente. Nestas horas, percebemos o quão bom é ser gaúcho, o quão bom é preservar essa tradição de tomar chimarrão, seja qual for a ocasião.
O chimarrão é muito mais que um símbolo de tradição, é uma forma autêntica de celebrar a vida. Presente na maneira acolhedora de receber visitantes, ele é capaz de unir as pessoas, além de ser símbolo de Venâncio Aires, a Capital Nacional do Chimarrão. Tomar chimarrão faz parte do nosso dia a dia, da nossa história, da nossa cultura. Um parceiro para todas as horas, para todas as temperaturas.