O butiazeiro é uma palmeira característica do bioma Pampa, adaptada ao frio e tolerante às geadas. Os seus frutos amadurecem nos primeiros meses do ano e variam em cor, sabor e textura. Todos os anos, eu gosto de escrever e compartilhar materiais relacionados ao butiá, não só por gostar de saborear seus frutos, mas também por tudo o que o butiazeiro representa para a cultura gaúcha.
Além de ser consumido in natura, o butiá pode ser utilizado para fazer cachaça, suco, geleia, licor, entre outros. Eu prefiro consumi-lo puro, mas gosto é gosto. Em todas as enquetes que faço, a maioria das pessoas prefere utilizar o butiá para fazer cachaça. Outra opção é o suco, comum em feiras agropecuárias. Apesar de sua importância cultural e nutricional, sua exploração comercial e agroindustrial ainda é subutilizada.
Rico em nutrientes como potássio, ferro, vitamina C e carotenoides, o butiá é uma fruta saudável e saborosa. Comer o fruto in natura é a forma mais saudável, pois mantém todas as suas propriedades nutricionais. O suco preserva algumas dessas propriedades, mas perde parte das fibras presentes no fruto. Por sua vez, a cachaça não é a opção mais nutritiva, mas continua sendo a preferida de muitos.
O pé de butiá tem flores femininas e masculinas agrupadas no mesmo cacho, mas a produção de frutos depende de insetos polinizadores. A polinização cruzada aumenta a diversidade genética, oferecendo frutos com características variadas. Os butiazais são ecossistemas ricos em biodiversidade. No entanto, eles estão ameaçados pela expansão agrícola e à falta de regeneração natural. A preservação dos butiazais implica não apenas conservar os butiazeiros, mas também proteger a fauna e flora que vivem associadas a esses ecossistemas.