Quem planta, colhe

Segundo Cora Coralina, o que vale na vida não é o ponto de partida, mas sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim, teremos o que colher. Afinal, a pior ambição do ser humano é desejar colher os frutos daquilo que nunca plantou. De nada adianta plantar espinhos e querer colher flores, plantar a discórdia e querer colher a Paz. A colheita é importante, mas a semeadura, essa sim é fundamental.

Reflexões à parte, eu gostaria de compartilhar um pouco da minha experiência no Canadá. O tema da coluna de hoje é sobre um assunto que sempre me intrigou: produzir alimentos tendo que conviver com a neve durante grande parte do ano. Pois bem, o inverno é bastante rigoroso, praticamente inviabilizando a produção de uma segunda safra. Assim, a safra canadense acontece basicamente no período da nossa entressafra.

Apesar das dificuldades, é possível, sim, produzir alimentos. Passado o inverno, a neve começa a derreter. Época de semeadura da maioria das culturas de verão. Época, também, de realizar os tratos culturais das plantas perenes, semi-perenes ou que apresentam mais de um ciclo. Neste sentido, compartilho a foto de um pomar de framboeseiras de segundo ano que sobreviveu ao inverno canadense abaixo de neve e que nas próximas semanas irá rebrotar, para então florescer e frutificar na metade do ano.

Apesar das adversidades, o Canadá é um grande exportador de alimentos, com uma das agriculturas mais desenvolvidas do mundo. Um país continental, grande produtor de trigo, centeio, cevada e canola. Afinal, quem planta, colhe. E mais, quem sabe o que planta, não teme a colheita. O frio limita e muito a produção de grãos. Mas como diz o ditado, se a vida nos der um limão, façamos dele uma limonada.

Foto: Arquivo pessoal

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