O abacate é valorizado por sua polpa cremosa, sabor suave e alto valor nutricional, combinando bem com receitas doces e salgadas. Ao contrário da maioria das frutas, ricas em carboidratos, o abacate se destaca pelo seu elevado teor de gorduras boas, principalmente ácidos graxos monoinsaturados, como o ácido oleico, também encontrado no azeite de oliva. Por isso, o abacate contribui para a redução do colesterol LDL (“ruim”) e aumento do HDL (“bom”), promovendo a saúde do coração.
O alto teor de gorduras e de fibras torna o abacate um alimento valorizado pelos praticantes de atividades físicas, sendo um aliado no controle da glicemia e no fornecimento de energia de forma estável e prolongada. Claro, desde que consumido com moderação. Além disso, possui mais potássio que a banana, sendo útil na regulação da pressão arterial. O abacate tem também um alto teor de vitamina E, poderoso antioxidante contra a formação de radicais livres, retardando o envelhecimento celular e fortalecendo o sistema imunológico.

Diferentemente de anos anteriores, a safra de abacate deste ano promete. A baixa produção do ano passado, devido às chuvas, parece ter sido compensada este ano. A floração foi intensa; no entanto, muitas flores se perderam pelo caminho. Ainda assim, os pés estão carregados. O abacateiro possui um sistema de floração peculiar, no qual as flores funcionam como femininas e masculinas em momentos diferentes. Por isso, o plantio de mais pés de abacate, com tipos de flores complementares, é fundamental para garantir uma boa polinização cruzada.
Foi o que aconteceu aqui em casa, em Mato Leitão. Com apenas um pé, a produção era praticamente nula. Com o plantio de pés adjacentes, a produção vem aumentando. No entanto, o abacateiro pode demorar a crescer e produzir frutos: cerca de 3 a 4 anos após o plantio, se for enxertado. Já as plantas provenientes de sementes podem levar de 6 a 10 anos. Isso exige paciência e investimento a longo prazo, o que dificulta o cultivo em escala comercial.