É semana de retorno às quardas para a Assoeva. O time de Venâncio Aires não disputa uma partida desde o dia 28 de abril, na vitória em casa sobre o Cascavel, pela Liga Nacional de Futsal. Naquela partida em que o técnico Fernando Malafaia anunciou sua saída. De lá pra cá, os gaúchos viveram dias difíceis. Ninguém poderia imaginar tamanha dor e destruição. Mas é preciso recomeçar. E para a Assoeva, além da retomada nas partidas, é também momento de iniciar um novo ciclo, sob o comando de Vandré da Costa. Gostei do que disse o treinador na sua apresentação. Mostrou humildade ao afirmar que não pode chegar e mudar o que vinha sendo feito. Em meio à temporada, é preciso manter muitas coisas e aos poucos dar a sua cara ao time. Além disso, Malafaia saiu por sua opção e não por uma insatisfação da diretoria com o seu trabalho. Vandré chega com a missão de melhorar a jovem equipe de Venâncio Aires.
Os prejuízos
Com o passar dos dias, fica claro o que eu já vinha dizendo aqui nesse espaço. Grêmio, Inter e Juventude tem defasagem física no elenco. O futebol de alto rendimento exige treinos diários e preparação constante. Não há time que resista a um período parado. Esse será o maior desafios dos clubes gaúchos. O tamanho do problema só será medido de melhor forma, quando as equipes enfrentarem seus adversários, que não terão jogos, mas não pararam por conta de uma catástrofe.
Mariante
Na manhã de segunda-feira, eu e o colega Roni Müller voltamos a Vila Mariante para ver como está o local e o quanto os moradores já conseguiram fazer lá. O cenário é de muita lama, muita destruição e poucas pessoas. Quase na hora de ir embora, encontrei seu Marco Antônio, encostado na cerca de sua casa, observando ela com uma tristeza indescritível. Me convidou para entrar, pois precisava de um prato e um garfo. Encontramos os utensílios embaixo de uma espessa camada de lama, com muita dificuldade. Conversamos sobre como o suor do seu trabalho ergueu aquela casa. Seu Marco Antônio encheu os olhos de lágrimas e disse não saber como será seu futuro. Na saída, lhe dei um abraço e desejei dias melhores, que é o que todos esperamos para a nossa cidade e para o nosso Estado.