A Assoeva disputa duas competições e vive situações bem diferentes em cada uma delas. Na Série Ouro, o time tem cinco jogos e cinco vitórias. É a líder do Grupo A da competição estadual e a única equipe que venceu todos os jogos até aqui. Nem Atlântico e ACBF tem o mesmo aproveitamento. Os três times são cabeça de chave da competição e cada um lidera sua chave. É verdade que os adversários são mais frágeis, mas a Assoeva tem feito o seu papel e vencido os jogos. Já na Liga Nacional, é bem diferente. O time de Venâncio Aires sofre jogo após jogo com problemas diferentes e o resultado disso é que a campanha é muito ruim. A Assoeva é a penúltima colocada na competição e está na luta contra o rebaixamento.
Fator emocional
Quem acompanha de perto a Assoeva percebe que o jogo na Série Ouro flui mais fácil do que na Liga Nacional. E para além da qualidade do adversário, também há um fator emocional. Já escrevi aqui que a bola está queimando no pé dos jogadores. Quando isso acontece, a tendência é de que eles fiquem menos criativos e mais burocráticos. Evitam arriscar uma jogada, preferem a bola de segurança. Mesmo em um ambiente praticamente sem pressão com é o da Assoeva, os próprios atletas se cobram muito por resultados melhores e sentem a campanha ruim que a equipe faz até o momento.
O que escolher?
Eu não sei se Roger Machado vai ser o novo técnico do Inter. Eu sequer sei se ele recebeu uma proposta colorada ou se apenas conversou com dirigentes para trocar ideias sobre futebol. O que eu sei é que Roger tem uma escolha difícil, caso receba uma proposta para treinar o Internacional. Ele é considerado um dos melhores laterais da história do Grêmio. Seus pés estão na calçada da fama azul e a torcida tricolor tem imenso carinho por ele. Já treinou o Grêmio por duas vezes e tem portas abertas para um dia retornar. É um ídolo do clube. Mas tudo isso diminuirá de tamanho caso ele vista o vermelho do Inter e vá treinar o colorado. Roger tem todo direito de fazer isso, é um profissional e estaria recebendo uma oportunidade em um clube bem maior do que o Juventude. Caso receba a proposta, Roger vai ter que escolher entre a idolatria no Grêmio ou a chance no Inter. O que você faria no lugar dele?