É preciso que se diga que doentes acamados, estejam eles se recuperando de uma doença aguda ou mesmo aqueles portadores de doenças crônicas, não precisam necessariamente ficar hospitalizados. Frequentemente costuma haver uma pressão muito grande para se deixar o doente no hospital. Nem sempre este é o melhor caminho. A hospitalização se torna necessária quando necessitamos de cuidados especiais ou quando há risco de vida.
Está mais do que comprovado que pessoas que permanecem muito tempo no hospital têm uma tendência de adquirirem infecções hospitalares, por vezes muito graves. Muitas vezes, as complicações que surgem no doente tratado em casa ocorrem em decorrência de alguma falha nos cuidados básicos. Por isto é importante que se tenha em mente, o seguinte:
. Deve-se manter o doente em um ambiente confortável, arejado e com boa iluminação.
. É preciso que seu quarto tenha as condições mínimas para receber um doente, como uma cama adequada, cadeiras, materiais para curativos, medicação e assim por diante.
. Um colchão d´água pode diminuir em muito o risco de surgirem feridas nas costas ou nos locais de maior apoio do corpo ou dos membros.
. Deve-se mobilizar o doente com freqüência.
. A higiene adequada deve ser garantida por meio de banhos de leito ou de chuveiro.
. O doente deve ser retirado da cama, diversas vezes ao dia, para que possa andar ou mesmo sentar-se em uma cadeira confortável.
. A dieta deve ser planejada adequadamente, segundo a orientação de médico ou nutricionista.
. Deve-se controlar e anotar periodicamente os valores da pressão arterial, da temperatura e do pulso.
. Os medicamentos devem ser administrados rigorosamente de acordo com a prescrição médica.
. Informações importantes como telefones do médico, do serviço de remoção, de auxiliar de enfermagem ou de enfermeira, do fisioterapeuta, de farmácia de plantão, devem sempre estar disponíveis.
. É importante, manter contato periódico com o médico assistente.
. É importante que alguém se responsabilize por este doente, ou seja, deve-se ter um ¨cuidador”, o qual também deve aprender a executar os cuidados básicos e, eventualmente, até uma fisioterapia adequada.
. É preciso que este “cuidador” tenha um perfil que lhe permita atender ao tipo de problema do doente e que possa se envolver com a sua recuperação.
Em resumo, é preciso criar condições o mais próximo possível de um ambiente hospitalar, com a vantagem de garantir ao doente, uma maior convivência com os seus familiares.