Dengue: será um fim da picada?

Ultimamente, voltamos a ouvir comentários sobre esta doença. Quem quer sair de viagem se preocupa com vacinas e torce para novamente chegar bem em casa. Mas, até que ponto nós realmente temos que nos preocupar com este quadro? Bom, em primeiro lugar, apesar de muitos não aceitarem a ideia da globalização, cada vez mais vivemos em um mundo sem fronteiras. A aldeia isolada – como se estivéssemos lá no meio da selva – há muito já deixou de existir. Os caminhões de carga transitam por todo o Brasil, ou melhor, por toda a América Latina. As pessoas viajam por todo o país (especialmente os políticos). Com isto, também os mosquitos ou, pelo menos, pessoas infectadas por estes mosquitos, também transitam entre as fronteiras por este Brasil afora. Portanto, também aqui no Sul tempos que nos preocupar com o mosquito da dengue. Ao menos precisamos nos informar sobre esta doença, sobre seus riscos, possibilidades de tratamento e, sobretudo, precisamos identificar os seus primeiros sintomas e conhecer a sua prevenção.

O que vem a ser a dengue? É uma doença infecciosa causada por um vírus e que, dependendo da pessoa, pode evoluir de forma benigna ou muito grave. Conhecemos o transmissor deste vírus. É o tão falado mosquito Aedes aegypti. Portanto, são vetores que se alimentam de sangue humano. E é desta forma que a fêmea, ao injetar saliva no local da picada, termina infectando sua vítima. Aliás, este mosquito é o mesmo que transmite a febre amarela.

Os sintomas são, basicamente, dor de cabeça, dor nos olhos, dor muscular e febre alta. Como se fosse uma gripe muito forte. Entretanto, o aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem ser sinais de uma complicação grave. Precisamos levar em conta que há diferentes graus de manifestação da doença e que podem variar desde as formas totalmente sem sintomas, até sintomas brandos ou graves, com evolução fatal. É importante sempre procurar orientação médica tão logo surjam os primeiros sinais e que, facilmente, podem ser confundidos com outras doenças, como a própria leptospirose ou mesmo a febre amarela.

É preciso lembrar que ainda não há vacinas eficazes contra os quatro sorotipos de vírus e isto reforça a necessidade de se adotar medidas mais eficazes para o controle da doença, ou seja, na eliminação dos criadouros dos mosquitos adultos do Aedes aegypti. Portanto, mãos à obra, pois quaisquer recipientes com água parada, desde vasos de flores, latas velhas ou pneus velhos, constituem-se em locais para o desenvolvimento destes insetos.

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