Vivemos em uma época de “crise” no que se refere à formação dos nossos jovens. As últimas avaliações de conhecimento feitos em estudantes brasileiros vêm mostrando uma clara inferioridade na comparação com mesmos jovens de mesmo perfil de países do primeiro mundo. Acredito que, como prováveis causas poderíamos apontar: O pequeno comprometimento dos alunos com o aprendizado, o pouco tempo de permanência em sala de aula e a falta de “consideração” pelos professores em sala de aula.
Dito isto, poder-se-ia tentar identificar um possível caminho para a saída deste ”atoleiro”. Em primeiro lugar será preciso lembrar que os nossos jovens de hoje convivem muito pouco com a família. Os seus “modelos” de adultos bem-sucedidos são os ídolos cultuados pela geração mais nova, os quais fizeram sucesso porque, no momento certo estavam no lugar certo, valendo-se desta oportunidade para alcançar os seus objetivos. Entretanto, para os demais 99% dos “viventes” uma carreira profissional de sucesso irá depender de um detalhado “planejamento” e da “construção” de uma trajetória de formação. Para nos tornarmos competitivos, precisamos adquirir uma grande bagagem de informações. Exige-se o máximo de conhecimento em TODAS as matérias. Para a consolidação de todos estes dados será preciso muita leitura, muito estudo, sem deixar de lado o lazer. O ser humano não é uma máquina, um computador que pode permanecer trabalhando durante as 24 horas do dia. Será preciso muito estudo, entretanto, será também preciso de intercalemos momentos de descanso ou de lazer à nossa corrida intelectual. Alguém que está sempre cansado estará também cansado para assimilar conhecimentos. Esta é a mesma história de se passar a noite anterior a uma complicada prova de matemática em cima de exercícios. De nada adianta alimentarmos nosso cérebro com uma grande quantidade de informações, quando, na verdade, este necessita de tempo para assimilar todos estes dados. Na linguagem dos computadófilos se diria: depois de configurar um novo software, será preciso reinicializar o computador.
Assim, depois de horas de um estudo, ao desviar um pouco a atenção para atividades lúdicas, um esporte, um namoro, o jovem poderá voltar com mais ânimo e ter um maior rendimento. Assim, por exemplo, uma atividade esportiva poderá funcionar como uma válvula de escape, uma fuga de uma eventual maior carga de cobrança. Férias bem aproveitados e sem excesso sempre serão úteis para uma posterior retomada dos estudos no momento certo. Os amigos são muito importantes, porém temos que saber quando voltar o foco dos estudos. Somente assim, quem tiver construído seu conhecimento de forma planejado, terá cumulada uma boa bagagem de informações ao longo do seu tempo de preparo e com toda a certeza poderá contar com todas as oportunidades para alcançar o sucesso profissional.