É bom relembrar que o HPV é um vírus que se desenvolve no homem e na mulher. Mas, é especialmente nelas, nas mulheres, que pode desencadear, com mais frequência, o câncer.
O número chega a impressionar: Já temos mais de 15 milhões de brasileiros contaminados pelo HPV – o Papilomavirus humano – transmitido sexualmente e responsável pelas tão temidas verruguinhas nos órgão genitais. Popularmente também são chamados de Crista de galo ou Cavalo de crista. Apesar de atacar homens e mulheres, é para as mulheres que esta doença representa maior risco. Segundo estatísticas mundiais, 95 % dos casos de câncer de colo uterino tiveram origem na infecção pelo HPV.
Nem toda mulher portadora de HPV vai desenvolver câncer, porém, estima-se que 8 a 10 mil casos desse câncer são identificados por ano no Brasil.
Já existem mais de 200 tipos diferentes de HPV e que podem aparecer em qualquer parte dos genitais, tanto no homem como na mulher. De todos estes, dois oferecem maior perigo. Quando surgem no colo do útero, causando lesões, são implacáveis: costumam levar ao desenvolvimento do câncer de colo uterino. E o mais grave é que estes tipos podem nem sequer desenvolver as tais das verruguinhas e partir diretamente para o câncer.
Apesar da transmissão ser basicamente por via sexual, inclusive pelo sexo oral ( olha aí a galera do boquete), ela também pode ser transmitido por objetos infectados, como talhas ou roupas intimas.
Mas os homens também precisam ficar de olho neste vírus, que está por trás de quase um terço dos casos de câncer de pênis.
Cerca de 20 % dos homens contaminados não desenvolvem as verrugas e 80 % dos homens tem a doença identificada apenas por intermédio de exames mais elaborados.
O grupo de risco é formado por parceiros de mulheres que têm HPV ou tumores de colo uterino, homens com fimose ou excesso de pele no pênis e sem contar, é claro, com aqueles que não usam preservativos.
A prevenção ainda continua sendo o caminho ideal para barrar o avanço do HPV. Os especialistas defendem o uso da camisinha feminina, porque ela tem uma área de cobertura maior do que o preservativo masculino, onde outras áreas da genitália ficam descobertas e podem pegar o vírus.
Lá vai o alerta, pessoal! Não é possível matar o vírus, mas podemos impedir que avance! Todo o indivíduo sexualmente ativo deveria fazer seus exames periodicamente. Recomenda-se que as mulheres consultem um ginecologista 2 vezes por ano e que os homens também façam seu acompanhamento médico.