Ultimamente tem-se falado muito sobre este tema que diz respeito a todos nós, ou seja, a descalcificação que ocorre no indivíduo normal a partir de uma certa idade. Mas, vamos ver, como isto acontece. Sabemos que os nossos ossos são constituídos de um tecido vivo, que está em constante processo de modificação. Durante a infância e adolescência, continuando até próximo dos 40 anos, predomina o processo de formação óssea, até porque a pessoa está em constante crescimento. A partir dos 40 anos, dentro deste mecanismo de renovação óssea, começa a predominar a reabsorção, ou seja, passamos a perder mais cálcio do que recebemos e com isto o organismo lança mão das suas reservas, que na verdade é o nosso esqueleto, para nivelar as suas necessidades.
Muitas situações, ao longo da vida, levam à perda de cálcio. Pessoas acamadas tendem a perder cálcio. Em situações em que não ocorre uma reposição adequada pela alimentação ou de uma maior necessidade, como na gravidez ou na lactação, o organismo lança mão das suas reservas ósseas para equilibrar seus níveis fisiológicos. Esta perda vem a ser ainda maior entre as mulheres durante os cinco primeiros anos após a menopausa, causado pela perda de um fator protetor, que é o hormônio estrogênio. A partir da idade dos 60 anos, começa a chamada osteoporose senil, que ocorre tanto no homem como na mulher.
A osteoporose não costuma trazer maiores problemas para as pessoas, entretanto, esta diminuição da densidade do osso o deixa mais frágil e mais susceptível à fraturas. Esta é a razão pela qual pessoas com mais idade fraturam com tanta facilidade seus braços, pernas ou costelas. Tais fraturas acabam complicando a vida do idoso, criando limitações à movimentação, dificultando a locomoção e muitas vezes retendo a pessoa no leito e aumentando a risco de infecções respiratórias, infecções urinárias ou outras complicações.
Através de um exame radiológico, a densitometria, podemos avaliar a densidade óssea. De acordo com os resultados obtidos, o médico poderá indicar o tratamento necessário.
E como podemos prevenir a osteoporose?
Temos alguns fatores de risco que não podem ser prevenidos. Assim, por exemplo, pessoas de raça branca, asiáticos, idosos, ou ainda, indivíduos com predisposição familiar, tendem a ter uma maior incidência do quadro.
A osteoporose pode ser prevenida eliminando-se alguns fatores de risco. Para isto deve-se parar de fumar, tentar repor a deficiência de hormônios na menopausa (um assunto a ser discutido com o ginecologista), praticar exercícios físicos e consumir alimentos ricos em cálcio em quantidade adequada. Entre estes se pode citar o leite e derivados, sardinhas, repolho crespo, folhas de nabo, folhas de mostarda, brócolis etc.
Em resumo, para diminuir o efeito da descalcificação normal dos ossos, basta viver bem, não fumar, praticar exercícios e manter uma alimentação equilibrada.
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