Pais e alunos novamente se fazem a pergunta: como aproveitar melhor o que vai ser ensinado na escola? A memória é uma das funções que garante nosso conhecimento. Em outras palavras, uma experiência vivida passa a ser revivida sob a forma de uma lembrança. É desta forma que, ao praticarmos o aprendizado, aumentamos nosso conhecimento. E, nestas nossas longas ‘férias brasileiras’, que ao todo somam quase quatro meses ao ficarmos longos períodos sem praticar, tendemos a evoluir para o esquecimento. Os professores que o digam, ao se depararem com todas as dificuldades de reiniciarem o ano letivo, depois que seus alunos sobreviveram aos 90 dias quase 100 por cento improdutivos. Mas, isto é o Brasil, em que poucos trabalham muito e muitos trabalham pouco. Passadas as grossas e escuras nuvens do ócio improdutivo, eis que ressurge o sol do crescimento e nossos mestres nas escolas, depois de muito esforço e vencendo algumas dessas nossas descabidas e absurdas orientações da ‘política’ educacional e com risco de sua integridade física conseguem reiniciar esta sua árdua tarefa de repassarem o conhecimento que permite aperfeiçoar o que precisamos aperfeiçoar, ao mesmo tempo em que podemos esquecer o que é desnecessário.
Também uma vida sedentária, com excessos de preocupações e insatisfações, bem como uma dieta deficiente, ainda causa perda de memória. No adulto, este quadro pode estar ligado a doenças neurológicas como Alzheimer ou mesmo a distúrbios circulatórios do cérebro, ou também ser causada por doenças como estresse, ansiedade, depressão, alcoolismo, hipotireoidismo ou ao uso exagerado e prolongado de tranquilizantes.
Dentro deste contexto, é absolutamente descabida a expressão popular de que ‘estudou tanto que passou a sofrer dos nervos’. Ninguém aprende mais do que pode: não existe ‘congestão’ de conhecimento. Podemos, isto sim, manter nossa memória bem aquecida e atuante em nosso benefício. Hoje já se sabe que o declínio da capacidade mental, observado com a avançar da idade, ocorre em grande parte em decorrência da diminuição da atividade intelectual. Não adianta tomarmos uma montanha de remédios para melhorar a nossa memória. Precisamos, isto sim, estimular continuamente, da mesma forma como se estimula a musculatura, para mantê-la em forma.
Tudo pode começar com a manutenção de um estilo de vida mais ativo, com atividades físicas feitas com regularidade e uma dieta mais saudável. É preciso que nos mantenhamos atuantes. Estes são os ingredientes básicos para o desenvolvimento da memória. Desta forma, manter uma contínua atividade intelectual como leitura, jogos que exijam muito raciocínio, como por exemplo, palavras cruzadas ou xadrez, auxiliam no desenvolvimento e na preservação da memória. Vamos exercitar nossa memória com o aprendizado do ano letivo que ora está iniciando e memorizando as dicas acima para que as próximas férias se tornem um ócio um pouco mais produtivo.