O câncer de bexiga é o segundo tumor mais freqüente do aparelho urogenital masculino. Apesar de ser mais freqüente nos homens, nas mulheres a sua incidência vem aumentando nos últimos anos. Mais de 40 mil casos novos são registrados nos Estados Unidos todos os anos, no Brasil as estatísticas são muito falhas, porém, aqui em Venâncio Aires temos cerca de 5 casos novos todos os anos. Entre as maiores causas do surgimento destes tumores pode-se citar a poluição ambiental, a exposição a produtos químicos, como os derivados da anilina e ainda a infeções urinárias de repetição. Verifica-se uma maior incidência em alguns grupos familiares.
Os estudos mostram que existe uma indiscutível relação entre o hábito de fumar e a incidência de câncer de bexiga. Em uma pesquisa efetuada na Santa Casa de Porto Alegre, verificou-se que entre 130 casos desta doença, 119 (91,6 %) eram tabagistas enquanto 11 (8,4 %) não o eram. Hoje sabe-se que os derivados do alcatrão e da nicotina são absorvidos pela via respiratória (onde provocam o câncer de garganta e pulmão) e são eliminados pela via urinária. O seu contato com a mucosa (pele) da via urinária provoca a formação de células cancerígenas.
O câncer de bexiga, na fase inicial, quando ainda é mais superficial, facilmente poder ser tratado com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, mas, na medida em que invade outras áreas mais profundos, o tratamento passa a ser mais difícil e muitas vezes torna-se extremamente mutilante. O tratamento cirúrgico costuma ser por via endoscópica, seguida ou não de radioterapia ou a uma extirpação total da bexiga.
Também aqui o essencial é a prevenção. Quando alguém observa a presença de sangue na urina deve ficar alerta pois é preciso investigar a sua causa. A melhor forma de prevenção é não fumar. Deve-se também evitar segurar a urina muito tempo na bexiga. Para quem trabalha em ambiente poluído ou trabalha com produtos químicos, todo cuidado é pouco. Jamais deve-se deixar de usar máscaras, luvas, roupas especiais ou óculos de proteção.
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