Para muitos, só o pensar em AIDS dá arrepios. Realmente, a Síndrome de Imunodeficiência adquirida é uma doença de extrema gravidade, sendo transmitida por via sexual ou sanguínea. Seu nome provém da expressão Acquired Immuno-Deficiency Syndrome e se traduz na forma de uma acentuada diminuição das defesas imunitárias do organismo. Foi pela primeira vez descrita em 1981, nos Estados Unidos e seu causador é um retrovírus denominado HIV (Human Immuno – Deficiency Virus). Na prática a doença se traduz na forma de uma deficiência imunológica, em que há o desaparecimento das reações de defesa do organismo humano. Como conseqüência disto temos a destruição das células de defesa da pessoa (linfócitos T4). Algumas estimativas nos dias de hoje levam a calcular em mais de 50 milhões de pessoas contaminadas pelo vírus, o que em termos de custo anual em assistência médica representa algo em terno de 2% do PIB Mundial, ou seja, muitos e muitos bilhões de dólares.
No Brasil temos algumas dificuldades para dados mais precisos, até porque, há uma série regras que dificultam a localização dos soropositivos. Até mesmo a proibição de se identificar um paciente no hospital sob o argumento de preservação do sigilo profissional, de um lado dificulta a identificação e o tratamento do doente e de outro lado expõem toda a equipe médico-hospitalar aos riscos de uma contaminação acidental. Temos no Brasil mais de 300.000 casos notificados. Não se sabe quantos pacientes assintomáticos existem. Há uma outra dificuldade no rastreamento da doença: ela geralmente só se manifesta depois de 5 a 10 anos do contágio.
O tratamento tem demonstrado resultados parciais e atua em nível de inibição da multiplicação do vírus. Especialistas do mundo inteiro se dedicam à pesquisas que possam resultar no preparo de vacinas contra o vírus.
A liberdade sexual foi uma consequência da chamada modernidade, mas também está cobrando seu preço na forma de uma grande disseminação das doenças sexualmente transmissíveis e da AIDS. Fica novamente o alerta para as medidas preventivas: uso regular de preservativos, redução do número de parceiros sexuais, uso de seringas descartáveis e controle de doação de sangue, nos Bancos de Sangue através da identificação de anticorpos Anti – HIV.