Há poucos dias, ao fazer os meus exames laboratoriais de rotina, assustado, constatei uma alteração importante nos resultados da Glicemia, triglicerídeos e do colesterol. Como costumo observar uma alimentação muito saudável e bem planejada, não foi difícil verificar, que, em função de uma viagem realizada, durante mais de 3 semanas passara a me alimentar de maneira não habitual e com uma dieta na base de carbo-hidratos, gordura e uma quantidade mínima de fibras, especialmente frutas e verduras. Duas semanas mais tarde, já refeito do susto e tendo realizada a readequação da alimentação constatei que os exames votaram ao normal.
Mas, qual foi o problema? A população da Europa até pode estar acostumada a consumir mais carbo-hidratos. Até chamam o alemão de “alemão batata”, sem sombra de dúvidas, em alusão ao seu habito de comer diariamente este vegetal. Por outro lado, o consumo de açúcar entre eles é bem mais reduzido. Porque no nosso meio se têm tantos diabéticos? É açúcar no chimarrão, muito mel, muita “chmier” de melado e assim por diante. Isto mostra como o consumo de alimentos doces faz parte do dia-a-dia da nossa população. O risco deste hábito aumenta quando se trata de pessoas com diabetes já instalada, mesmo naqueles casos ainda iniciais. Muitos já me disseram que os adoçantes têm gosto de remédio e que seria impossível substituir o açúcar no seu mate doce.
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Aqui facilmente se pode observar que o aumento do nível de açúcar no sangue é um forte complicador da vida das pessoas. Nos pacientes que já tiveram uma doença coronária grave, o seu controle é fundamental para a sua sobrevida. Mesmo nestes casos um correto controle dos níveis de glicose no sangue reduz em perto de 25% o risco de morte após infarto do miocárdio. Este fato tem um significado ainda maior se observarmos que nestes doentes a causa de morte em cerca de 70% dos casos está justamente relacionada à diabetes. Infelizmente há até uma tendência de muitos médicos se preocuparem primeiro com o coração e só depois com os altos índices de glicose, resultando, não poucos vezes em perda de função renal, perda da visão, perda de dedos dos pés ou outras complicações vasculares graves. Por isto, também aqui temos algumas boas notícias para quem consegue ter um adequado controle dos seus níveis de açúcar. Como em tantos outras situações, também aqui, o melhor novamente será a prevenção. Quem sabe, cada um de nós vá revisar a quantidade de açúcar desnecessariamente consumida todos os dias!
